Powered By Blogger

Logo

Logo

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Jaipur

 

Não há mercado maior no mundo do que esse, neto de minha adorada irmã. Observe e aprenda. Negociar é uma arte. Como uma pessoa atravessando um rio, há os que deixam a correnteza levar até a outra margem e outros nadam. Mas esses dois modos são para os fracos. usam barcos para não se afogar. Já eu, não me importo se o rio está calmo ou se a chuva o deixou inavegável, sempre é um bom dia para atravessar, nossa família nos ensinou a construir pontes, em que todos podem atravessar em segurança, por um preço módico, é claro. Entende o que quero chegar? Não somos produtores tentando vender seus produtos só contando com a sorte. Não somos meros vendedores que lutam contra o destino em busca de compradores. Nem atravessadores que sabem ver as oportunidades e tentam controlar os caminhos do mercado. Nós aproveitamos a fartura para comprar e a escassez para vender. Estamos por toda a estrada, do início ao fim, por isso ajudamos os que precisam, mas nada na vida, nem os favores dos deuses, vem de graça. Agora prepare-se, Jaipur Tá na mesa!





Jaipur é um jogo de 2009 criado por Sébastien Pauchon. Para dois jogadores, com duração média de 30 minutos, em Jaipur somos comerciantes buscando os melhores negócios.


- Só para dois? Deve ser ridiculamente simples.





Bela frase de alguém que ainda nem entendeu par ou ímpar. Jaipur é um jogo de cartas rápido, onde o vencedor deve ser o primeiro a ganhar duas rodadas. Em cada rodada, o jogador deve vender o máximo de produtos, com os melhores preços. Em seu turno você deve fazer uma de três ações: Pegar, Trocar ou Vender. São seis tipos de cartas de produtos: três comuns (Couro, Tecido e Especiarias) e três raras (Ouro, Joias e Prata), além do Camelo, que serve de coringa.


Quando faz a ação de pegar, escolhe uma carta da mesa e coloca em sua mão. Quando faz a ação de trocar, pegue no mínimo duas cartas da mesa e descarte o mesmo número de cartas da sua mão. Quando for vender, descarte quantas cartas quiser do mesmo tipo e pegue as fichas de vendas. Os camelos só podem ser pegos ou trocados, nunca vendidos e não contam no limite de cartas na mão, que são sete.


- Viu? Ridiculamente simples.





E quem disse que não é, vicunha manca? Essa é uma das qualidades de Jaipur, rápido de explicar e jogar. Ao vender, você pega uma ficha por carta usada. Todos os produtos têm um preço inicial que vai caindo conforme as fichas vão acabando (Nota do Sr. Slovic: Lei importante de Mercado: Quem tem pressa para comprar não se importa com o preço). Ao vender usando três, quatro ou cinco, o jogador ganha uma Ficha Bônus, cujo valor soma com as fichas de venda. Diferente dos comuns, não se pode vender usando apenas uma carta de produto raro.


A rodada finaliza quanto acaba a terceira pilha de fichas de venda. Quem tiver mais cartas d camelos ganha 5 pontos. Leva a rodada quem conseguir o maior valor na somatória das fichas e o primeiro a conseguir duas rodadas vence o jogo.


No geral, Jaipur é um jogo apertado e muito estratégico. Lembra o xadrez em alguns aspectos. Não prestar atenção no que seu adversário está fazendo é fatal. Não deixa as oportunidades fugirem, muitas vezes é melhor pegar as cartas de couro que estão aparecendo toda vez (Nota da Sr. Slovic: O produto mais barato) do que ficar esperando aparecer uma carta de joia (Nota da Sra. Slovic: O produto mais valioso), vendendo cinco produtos em vez de um ou dois. Saiba utilizar bem seus camelos, pois ao fazer a ação para pega um camelo, todos da mesa vem junto, aumentando seu poder de barganha nas futuras trocas. Jaipur é um pequeno grande jogo.


E é isso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário