Powered By Blogger

Logo

Logo

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Cthtlhu: Death May Die


A emoção mais antiga da humanidade é o medo. Medo do desconhecido. Uma das maiores bençãos do mundo é a incapacidade da mente humana em ligar e relacionar tudo o que os homens acham que sabem e os que eles nem tem ideia que não sabem. Quanto mais você sabe, mais você sofre. E quando o que não poderia existir estreita pelas brechas dos pesadelos, sussurrando o silêncio mais profundo, deixando algo escondido em sua mente algo que ninguém se lembra, e vem a sensação de não estar mais em um a ilha da mais pura ignorância cercado pelo mar infinito sombrio, mas sim se afogando nele? Como sobreviver a isso, como escapar de tal insanidade? Nem no descanso final de tudo você estaria em paz, pois não está morto o que jaz eternamente inanimado, e em estranhos universos até a morte pode morrer. Cthulhu: Death May Die Tá na Mesa!





Cthulhu: Death May Die é um jogo de 2019 criado por Rob Daviau e Eric Lang. De um a cinco jogadores, com duração média de 100 minutos, nele os jogadores são investigadores tentando impedir que deuses antigos destruam a humanidade.


- Já cansei de jogos do Cleiton!





Ora, não é que o carniçal virou um piadista? (Nota do Sr. Slovic: Como praticamente não existe um consenso de como se pronuncia Cthulhu, muitos passaram a chamá-lo de Cleiton). Assim como seus primos Arkhan Horror, Mansion of Madness e Eldritch Horror, em Cthulhu: Death May Die (Nota da Sra. Slovic: Ou na língua materna de Lovercraft, Cthulhu: A Morte Pode Morrer), os jogadores correm contra o tempo para impedir que cultistas insanos tragam ao mundo algo que pode acabar com a realidade. O jogo base vem com seis cenários, que podem formar uma campanha, dois Elders One, Cthulhu e Hastur, e muitas, mas muitas miniaturas com o padrão de qualidade da CMON (Nota da Sra. Slovic: Quer exemplos? Zombicide, Rising Sun, Corrida Maluca…). E já existem muitas expansões com novos cenários e outros Elder Ones.





As regras básicas são bem simples. Primeiro os jogadores fazem três ações, compram uma Carta de Cenário ou são atacados (se tiver algum inimigo em seu espaço) e depois compram uma Carta de Mito. A carta de cenário são objetos ou pessoas que os personagens encontram ou condições que recebem, dependendo do lado do tabuleiro individual eles são colocados. A carta de mito descreve as ações do cenário, como os adversários se movem, se entra um marcador de fogo e se o Grande Ancião foi despertado.





- E se ele acordar o jogo acaba, a Terra é destruída, sofremos a danação eterna e blá blá blá blá…


Errado, titica de Elder Thing. Cthulhu: Death May Die, ou simplesmente CDMD, tem uma ambientação um pouco diferente de seus conterrâneos. Enquanto nos outros devemos usar artifícios, solucionar quebra-cabeças e procurar pistas para impedir que os cultistas despertem os Anciões, aqui além disso tudo, partimos para cima dos Deuses-Monstros na raça e na vontade (Nota da Sra. Slovic: Sim, exite uma miniatura de Cthulhu que entra no jogo). Fazendo uma comparação, enquanto Mansion of Madness e os outros estão para Legend os Kyrandia (Nota do Sr. Slovic: Alguém jogou essa belezinha?), CDMD está para Doom (Nota da Sra. Slovic: Estamos entregando nossas idades aqui). Os personagens querem impedir o ritual somente para o Elder One entrar mais cedo em nosso mundo, para que possam destruí-lo o mas rápido possível em combate mano a mano. Agora, se a criatura é invocada corretamente, nada poderá detê-la (Nota do Casal Slovic: Aí sim é fim de jogo).





Cada personagem têm quatro habilidades que podem ser aumentadas conforme o jogo progride. Inevitavelmente, como em qualquer baseado nos livros de Lovercraft, os investigadores perderão sua sanidade ao ver coisas que não deveriam ser vistas (Nota do Sr. Slovic: A ignorância é uma benção, lembram?), porém conforme ficam mais e mais próximos da beira do colapso mental, as habilidades são aprimoradas, permitindo que o personagem tenha maiores chances de derrotar o Ancião.


Apesar dos jogos da série compartilharem boa parte dos investigadores entre si, CDMD tem personagens novos, mas todos dentro dos estereótipos dos Contos. Cada um tem uma habilidade especial que o torna único. Temos o veterano, a criança prodígio, a cigana, todos com uma história feita para entrar no clima. Os cenários têm algumas regras extras, que indicam a condição para deter o ritual e outros detalhes bem específicos.






No geral, Cthulhu: Death May Die é um jogão. Já entrou na nossa lista de favoritos. A qualidade impecável dos componentes está idêntica aos jogos da série Arkham Files. A construção do cenário lembra Mansion of Madness, onde temos um tabuleiro modular em vez de um tabuleiro estático, como Eldritch. Jogo é desafiador, mas não impossível de vencer. Para quem curte um hack’n slash (Nota do Sr. Slovic: O velho Matar-Pilhar-Destruir do RPG) e sempre sonhou em derrotar Cthulhu no braço, ou para quem curte os Mythos e quer mudar um pouco da boa e velha investigação de todo dia, Cthulhu vai agradar. Agora, se o seu forte é levar cubinho de um lado para o outro (Nota do Casal Slovic: Nada contra e na verdade, tudo a favor. A imensa maioria de nosso jogos favoritos são estilo Euro), quem sabe esse não é o Ameritrash que vai mudar seu conceito?


E é isso.




Nenhum comentário:

Postar um comentário