Sherlock
Holmes está morto. Está estampado na primeira página de todos os jornais. Vida
longa aos vilões, brada alguém em um sujo pub irlandês. Cinco das mais vis e
infames pessoas do mundo gargalham enquanto secretamente maquinam seus próximos
passos. Até ontem, todos estavam unidos em um objetivo comum, mas só há um
prêmio agora: o Mundo. Victorian Masterminds Tá na Mesa!
Victorian
Mastermids é um jogo criado por Antonie Bauza e Eric Lang em 2019. De dois a
quatro jogadores, com duração média de 60 minutos, em Victorian Mastermids, os
jogadores são gênios malignos da Era Vitoriana tentando construir sua Arma de
Conquista mundial antes dos outros.
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Tipo, o que tá fazendo? Vou ter que construir um tipo “inator” com legos para
destruir a área dos Três Estados e um ornitorrinco vai me deter? Que idiota.
Uau,
Dr. Sabichão, parabéns pela referência, mas você nem conhece o jogo para falar
mal dele. Errou de novo. Sim, os jogadores constroem “inators” (Nota do Casal
Slovic: Pronuncia-se “ineitors”. Se não sabe o que é isso, recomendamos que
após ler nossa resenha, procure o ótimo “Phineas e Ferb” para mais informações.
Um dos melhores desenhos feitos nesta década, na nossa opinião), não com lego
(Nota da Sra. Slovic: Se bem que não seria uma má ideia, não!). Cada jogador
tem cinco tokens que representam seus lacaios (Engenheiro, Sabotador, Capanga,
Piloto e Segundo em Comando) e no seu turno, ele deve colocar o primeiro da sua
pilha em uma cidade do tabuleiro: Londres, Washington, Paris, Roma e Moscou.
Quando o terceiro agente é colocado na mesma cidade, todos são ativados.
Quando
um leal servidor é ativado, o jogador ganha um bônus referente a cidade
(Cientistas, Parafuso, Chapa de Metal, Poder de Fogo e Códex), além de ativar a
habilidade do lacaio. Os parafusos e chapas servem para construir sua Arma de
Dominação Mundial. Cada parte necessita de uma quantidade diferente de material
e quando completada, dá ao vilão bônus, além de ser um dos gatilhos de fim de
partida quando um “inator” (Nota do Sr. Slovic: Sim, vamos usar esse termo) é
finalizado.
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Então é só correr e pegar porcas e parafusos antes de todo mundo e fazer o
trem?
Não,
intojo. Nem tem porcas nesse jogo. Vence quem tem mais Pontos de Vilania
(PV) e se você correu para completar sua máquina, deixou várias oportunidades
de ganhar PVs pelo caminho. E como se ganha PV? É fácil (Nota da Sra. Slovic:
Na verdade, nem tanto, mas você entendeu…): completando Missões (com o Segundo
em Comando), roubando Prédios e Monumentos (com o Piloto), pegando Códex e
fazendo seu “inator”, é claro. Falando de prédios e monumentos, esse é um
grande atrativo do jogo. Suas miniaturas são bem legais (nota do Sr. Slovic: E
dos cientistas também). É lindo de ser ver na mesa. Para roubar um prédio, o
jogador deve ter um Poder de Fogo igual ou maior do que o da Scotland Yard.
Sempre que uma construção é surrupiada, o Poder de Fogo dos policiais aumenta
em um e, chegando a 12, se torna um gatilho de fim de jogo. Cada prédio roubado
(fábrica, fundição e universidade) dá um benefício e os cientistas podem ser
usados para conseguir um turno extra, escolher o próximo lacaio a ser usado e
até mesmo roubar uma construção independente do poder de fogo.
No
geral, Victorian Mastermind é um jogo bem interessante, criado por dois grandes
mestres que já nos apresentaram grandes jogos como Tokaido, Takenoko e Rising
Sun É um jogo com regras de simples explicação e não é demorado. Como não tem
uma linha de pontuação, é quase impossível saber quem está na frente até a
contagem dos pontos (Nota do sr. Slovic: Já vi reviravoltas inesperadas, com
vitória de quem já tinha desistido). É um jogo que vale pelo menos conhecer. E
antes que a eu me esqueça: “Eu te odeio, Perry, o ornitorrinco!”. Normalmente
isso é seguido por uma dolorosa explosão.
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