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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Prêt-à-Porter


Antigamente, as roupas eram feitas sob medida, por costureiras e alfaiates, mas isso mudou. Quem nunca entrou em uma loja de departamentos, na seção de roupas? Vá lá, escolha uma peça e leve para casa. Simples, não? Ok, para muitos, escolher roupa não é nada simples, mas você pegou o espírito da coisa. Essa facilidade ganhou o nome de Prêt-à-Porter, o termo, que significa “pronto a vestir” foi cunhado por J. C. Weil, mas o conceito é de ninguém mais, ninguém menos que o lendário Pierre Cardin, que revolucionou o mundo da moda. Agora você pode fazer o mesmo. Prêt-à-Porter Tá na Mesa!



Prêt-à-Porter é um jogo de Ignacy Trzewiczek, com a terceira edição lançada em 2019. De dois a quatro jogadores, com duração média de 100 minutos, Prêt-à-Porter os jogadores comandam empresas de moda.

- Para tudo! Tá me estranhando? Nunca que vou fazer roupinha!



Claro, esqueci que jogando você se tornou um multibilionário do ramo imobiliário, além de ser o maior detetive paranormal do mundo e de ter colonizado Marte, né? Não se esqueça de que você também colecionou bonecas russas, decorou sua casa dos sonhos e foi dono de confeitaria (Nota do Casal Slovic: Entendeu todas as referências?). Prêt-à-Porter não é sobre costurar, mas sobre gerenciar uma grande empresa, em um dos ramos mais cruéis da indústria.



O jogo se desenvolve por doze turnos (Nota da Sra. Slovic: Um ano), dividido em quatro temporadas. Nos dois primeiros turnos da Temporada, os jogadores alocam seus trabalhadores e, no último, ocorrem os Desfiles. Cada um tem três trabalhadores e o tabuleiro é dividido em nove Áreas: Banco (para pegar empréstimos), Contratos (cartas que dão bônus sem custo, mas só por duas temporadas), Prédios, Funcionários (ambos dão habilidades e bônus, mas aumentam os custos), Croquis (desenho das roupas), Compra Regional, Compra Nacional, Compra Internacional (locais para comprar os tecidos necessários para fabricar as roupas) e Preparativos Finais (para conseguir alguns bônus para os desfiles ou dinheiro). Dependendo do número de jogadores, há uma quantidade máxima de Trabalhadores que podem ser colocadas em cada área. No fim de cada turno, ocorre a fase de pagamento de seus prédios e empregados.



- Viu? Tem que fazer roupinha.

E daí? Se não quer conhecer o jogo por causa de um preconceito idiota, então suma de vez. Cara chato. Apesar de não ser um jogo sobre costura propriamente dita, ela é uma parte importante, já que as duas rodadas iniciais de cada temporada são só para os preparativos dos Desfiles.



Há cinco Estilos de peças no jogo: Casual, Balada, Esporte, Social e Passeio, cada uma representada por uma cor nos Designs. E cinco tipos de peças: Jaqueta, Vestido, Calçado, Calça e Camisa. No início do Desfile, o jogador deve escolher um tipo de Estilo para apresentar. Em cada Desfile os jogadores competem nos seguintes quesitos: Qualidade, Marca, Relações Públicas e Tamanho da Coleção. Na primeira Temporada só há um desfile, mas todas as categorias entram em disputa. Já na segunda, há dois, mas em cada um só há três quesitos. E assim vai até a última, que tem quatro desfiles, cada um só com uma Categoria. Os vencedores de cada disputa ganham Pontos de Vitória. Qualidade, Marca e Relações Públicas são tokens que podem ser adquiridos de várias formas: nas compras de tecido, croquis, cartas de empregados, contratos, cartas de prédios e nos Preparativos Finais. Independentemente da vitória ou da derrota, no fim da fase de desfile, todos os tokens são descartados. Além disso, no fim da temporada, a coleção apresentada é vendida e as cartas de contrato são viradas, tornando-as menos eficazes, e se já foram viradas uma vez, devem ser descartadas.



No geral, Prêt-a-Porter é um jogo denso, de tomada de decisões difíceis. Como falamos você não é um costureiro, você é o CEO de uma poderosa indústria da moda. Há muitas possibilidades na mesa, mas poucas ações para fazer tudo. Como dizem, é um jogo de cobertor curto. Não dá para fazer tudo que se quer ou precisa. Eleger prioridades e se adaptar às mudanças, essa é a chave. Assim como Rokoko, Calimala e outros, Prêt-a-Porter sofre com estigma de bobo (Nota da Sra. Slovic: Sim, conhecemos pessoas que não jogam Prêt-à-Porte, e outros, por causa disso), então não se deixe levar por isso. É um jogo muito bom, mas que pune quem ficar desatento, pois certas cartas podem ter uma sinergia muito grande com outras. E no fim, não ganha quem fizer a mais bonita coleção, mas sim quem lucrou mais. Apesar de ser um jogo implacável, a arte é bem temática e muto bonita (Nota do Sr. Slovic: O dinheiro está na forma de pequenos cartões de crédito), e como disse Monseiur Cardin: “Um mundo sem moda seria triste e cinza”.



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