E se o mundo estivesse em suas
mãos? Você, com o poder de moldá-lo a sua vontade, o que faria? Enormes cadeias
de montanhas com picos eternamente cobertos por nuvens? Mares tropicais tão
profundos que a luz solar não alcança seu leito? Ou um mosaico de terrenos,
texturas e cores sem fim? Você pode isso e muito mais. Planet Tá na Mesa!
Planet é um jogo lançado por Urtis Šulinskas em 2018. De dois a quatro jogadores, com
duração média de 30 min. Em Planet, os jogadores devem criar um mundo em 3D.
- Jogo para quatro jogadores? Já
não gostei. Sempre me deixam de fora.
Fala sério, vai reclamar disso
agora? Sabia que grande parte dos jogos é para 4 jogadores? E pense bem, de
quem é a culpa de ninguém querer jogar com você, dos jogos ou exclusivamente sua?
Voltando ao assunto, Planet é um jogo bem simples, mas, ao mesmo tempo, pode
dar uma leve fritada de cérebro. Além de ser exótico e lindo.
Cada jogador tem um dodecaedro
tridimensional (Nota do Sr. Slovic: uma peça de doze lados), que representa um
núcleo planetário. Sobre esse núcleo será colocado peças pentagonais (Nota do
Sr. Slovic: Tiles com cinco lados), com vários tipos de terrenos (deserto,
mares, florestas, geleiras e montanhas). Em cada uma das doze rodadas, um tile
será colocado no planeta, conforme a estratégia do jogador. Diferente de jogos
como Carcassonne, não há uma regra de vizinhança a ser seguida (Nota da Sra.
Slovic: Ou seja, uma geleira pode ser colocada no meio de um vasto deserto).
- Então posso criar o que eu
quiser?
Sim, a criatividade é sua única
limitação (Nota do Casal Slovic: Mas sabemos que esse não é seu ponto forte,
certo?), mas não seu único guia, se você quiser ter alguma chance de vencer a
partida. Como falamos, a partida dura doze rodadas. Em todas, há cinco tiles de
terrenos para serem escolhidos. A partir da terceira, entram em cena as Cartas
de Animais. Cada uma tem um requisito que está ligado sempre a um tipo de
terreno. Normalmente, quem tiver o maior terreno daquele tipo, com uma condição
específica que está descrita na carta fica com ela. Por exemplo, quem tiver o
maior deserto que esteja ligado a uma floresta. Há algumas cartas que pedem a
maior quantidade de um tipo de terreno, em vez de sua extensão. Essas cartas
dão pontos no fim do jogo. Se houver empate, a carta será novamente disputada
na última rodada. Além disso, no início da partida cada jogador sorteia uma
Carta de Terreno, que dá pontos conforme a quantidade daquela paisagem ele
tenha em seu planeta no fim do jogo.
Ao fim de doze rodadas,
verifica-se a quantidade de pontos ganhos pela Carta de Paisagem e soma-se com
o número de Cartas de Animal que o jogador conseguiu (Dica da Sra. Slovic:
Cartas que tenham cor diferente da sua Carta de Paisagem valem 1 ponto a mais).
Quem tiver mais pontos, vence.
No geral, Planet é um jogo que nos
surpreendeu muito. Ao ler as regras, você acha que será um Carcassonne bem
simplificado, muito bobinho. E com essa duração, parece que não vai dar nenhuma
emoção, mas não se engane! Não é um simples “vou pegar essa peça, colocar em
qualquer lugar e ver no que dá”. Como as Cartas de Animais estão abertas, você
não pode só pensar na sua jogada atual, mas em como otimizar as futuras. O jogo
se torna um quebra-cabeça desafiador. Fora isso, o jogo é de uma beleza e
plasticidade ímpares. Como os planetas ficam lindos no decorrer da partida! É
interessante ver seu mundo (Nota do Sr. Slovic: E dos adversários também, por
que não?) tomarem forma. Planet deixa realmente o mundo em suas mãos.
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