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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

The Grimm Forest

Era uma vez, um reino mágico, onde animais falantes conviviam com pessoas de capacidades extraordinárias. Um reino de paz, mas constantemente ameaçado por forças sombrias. Um lugar de fábulas e amigos eternos, um lugar para morar eternamente. Venha conhecer, pois The Grimm Forest Tá na Mesa!



The Grimm Forest é um jogo criado por Tim Eisner em 2018. De dois a quatro jogadores, com duração média de 60 minutos, em The Grimm Forest os jogadores encarnam os quatro Porquinhos da fábula, tentando construir suas casas.

- Cabeção! São Os três Porquinhos, e não quatro. E mais um joguinhozinho bobo e infantil para a coleção.



Meu caro, Troll da Ponte, isso é uma licença poética, compreende? Se seguisse a história ao pé da letra, só daria para para três jogadores (Nota do Sr. Slovic: Para mim, o ideal seriam cinco porquinhos, mas fazer o que?). E de infantil, Grimm não tem nada, além do tema. É um jogo familiar, com regras simples.

O objetivo do jogo é construir três casas, de qualquer material. Como na história, há três tipos de materiais de construção: Palha, Madeira e Tijolos. O turno é dividido em duas fases: Coleta e Ações. Na primeira os jogadores escolhem simultaneamente o local onde irão coletar os recursos: Campos, Floresta ou Olaria (Nota da Sra. Slovic: Em um jogo com quatro jogadores, há um espaço extra, o Mercado, onde se consegue todos os tipos de material). Cada personagem vai ao local indicado e pega todos os recursos que estão no local. Caso dois ou mais jogadores tenham ido ao mesmo lugar, os recursos são divididos igualmente e, se houver sobra, fica para o próximo turno.



- Hump! Com esse nome tive esperança que seria um jogo legal, cheio de monstros, investigações e sangue. É um joguinhozinho infantil mesmo.

Não fique assim, Zangado. O jogo, e o seriado em questão, são baseados nos Contos dos Irmão Grimm, publicados no início do século XIX, de onde vem boa parte dos contos de fadas atuais, como Cinderela, João e o Pé de Feijão, João e Maria (Nota do Sr. Slovic: Os contos originais bem são macabros, vale a leitura), então o que não falta são monstros: o Gigante, Lobo Mau, Rainha Má. E alguns tem sua própria miniatura. Falando nisso, todos os porquinhos também tem uma, e são fantásticas. Um show a parte do jogo.



Na segunda fase do turno, os jogadores podem fazer duas dessas seguintes ações: Construir uma parte da Casa, pegar uma Carta de Fábula, Pegar um material ou Fazer uma Ação Especial da Carta de amigo. As três primeiras podem ser feitas mais de uma vez no rodada.  As casas têm três partes: Chão, Parede e Teto, cada uma com custo diferente (nota do Sr. Slovic: Logicamente há uma lógica na construção: primeiro o Chão, depois a Parede e por fim o Telhado, ok?). O primeiro a fazer o telhado pega o marcador de Primeiro Telhado daquele material. Sempre que alguém faz a Parede, ganha uma Carta de Amigo, que são personagens dos contos dão habilidades especiais. Cada jogador só pode ter uma e, quando ganha uma novo, deve decidir se fica com ela ou se passa para outro jogador.



-Se essas cartas são tão poderosas, porque vou dar para alguém?

Opa, alguém ficou inteligente depois de ouvir as histórias da Mamãe Ganso? Quando você passa um Amigo para outro jogador, ele tem que descartar a que tem, se é que tem, e ficar com essa nova. Algumas cartas são muito poderosas, então é um jeito que forçar seu adversário a abrir mão de algo apelão e "equilibrar" o jogo.



Exceto pelo primeiro turno, junto com a Carta de Colheita é possível jogar uma Carta de Fábula. Esse tipo de carta muda as regras do turno e sempre é revolvida primeiro. Todas as miniaturas de monstros vêm das Cartas de Fábulas (Nota da Sra. Slovic: Fique tranquilo que no fim do turno os monstros são descartados). Os efeitos das Fábulas são imediatos, então se algo as impede de acontecer, a carta será descartada (Dica do Sr. Slovic: Por exemplo, se a carta diz que o efeito acontece se você estiver sozinho em um local de colheita e há outro jogador lá, nada acontece e a carta é descartada).



O jogo continua até o turno em que alguém construir sua terceira casa, não importa de qual material. Se o jogador foi o único a fazer, é o vencedor. Se mais alguém conseguir, o desempate vem do tipo de material usado. Quem tiver mais casas de tijolos, vence. Ainda no desempate, ganha quem estiver com mais casas de madeira. Ainda empatando, ganha quem tiver um marcador de Primeiro Telhado mais valioso.

No geral, The Grimm Forest é um jogo surpreendente. O jogo é temático ao extremo, com regras simples. Ele realmente parece ser infantil e bobo, mas há vários níveis de estratégia. Dá para jogar com a criançada no modo, digamos, fácil, não usando as cartas que ferram amiguinhos (Nota da Sra. Slovic: E sim, há muitas dessas cartas). E dá para jogar no Hard, traçando altas esquemas para atrapalhar a vida de todos. A arte é fantástica, que ajuda a entrar no clima. Todas as boas histórias dos contos de fadas estão representadas de algum modo, até as que são são dos Grimm, como A Pequena Sereia, Robin Hood e Aladin. As habilidades dos Amigos e das Fábulas fazem sentindo. Robin Hood rouba dos ricos, a Rainha Má sempre prejudica alguém, o Lobo Mau destrói as casas dos porquinhos.  É um jogo para se conhecer e jogar. E não Só Uma Vez.


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