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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Azul


Azulejo: Substantivo masculino. Plaqueta cerâmica vidrada, de diversas cores e motivos, geralmente quadrada, é geralmente usado em grande número como elemento associado à arquitetura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado. A origem do azulejo remonta aos povos babilônicos. Com os árabes, os azulejos ganharam maior difusão, marcando fortemente a arquitetura moura na Península Ibérica. A palavra azulejo tem origem no árabe azzelij (ou al zuleycha, al zuléija, al zulaiju, al zulaco), que significa pequena pedra polida. Dito isso, Azul Tá na Mesa!



Azul é um grande jogo criado em 2017 por Michael Kieskig. De dois a quatro jogadores, com duração média de 30 minutos, em Azul os jogadores devem usar as peças de azulejo para criar os mais belos mosaicos no Palácio de Sintra.

- Então nesse jogo somos basicamente pedreiros? Oba, vou bater aquele pratão de comida...

Na verdade, não. Os tiles de azulejo (Nota da Sra. Slovic: Sabia que em inglês isso é um pleonasmo?) ficam dispostos no inicio do turno em pequenos círculos, que representam lojas, nas quais os jogadores vão lá para comprar as peças para decoração. Por isso os jogadores estão mais para arquitetos do que para mestre de obras. Na preparação do turno, coloca-se aleatoriamente quatro azulejos em cada loja. A quantidade de lojas disponíveis depende do número de jogadores.



Um pouco de história para contextualizar: No ano de 1498, o Rei de Portugal D. Manuel I viaja à Espanha e fica deslumbrado com a exuberância dos edifícios árabes da região de Zaragoza (Nota do Sr. Slovic: Principalmente Alhambra), decorados com azulejos e deseja fazer o mesmo com o Palácio Real em Sintra. Os portugueses elevam a arte do azulejo a outro patamar, transformando o mundo da arquitetura e decoração, tornando-o um símbolo da cultura Lusitana.

Cada jogador tem um Tabuleiro Individual que serve como modelo do mosaico e para contar seus Pontos de Vitória (PV). O Mosaico é um quadrado de cinco por cinco onde, em cada linha e em cada coluna, só há espaço para um dos cinco tipos de azulejo. O jogo termina na rodada que alguém completar uma linha.



Em seu turno o jogador deve escolher uma loja e pegar todos as peças do mesmo tipo e colocar no seu tabuleiro ao lado de uma única linha, na Área de Espera. As peças que restaram vão para o centro, junto com o marcador de Primeiro Jogador. Cada linha tem uma quantidade máxima de peças que podem ficar na Área de Espera. Se não houver espaço para todas as peças compradas, o restante são consideradas quebradas e colocadas em uma área que fica na parte de baixo do tabuleiro, dando penalidade nos PV ao fim do turno (Nota do Sr. Slovic: Conhecido como Chão). O jogador também pode comprar as peças que estão no centro. O primeiro que fizer isso pega a peça do Primeiro Jogador, que, como infelizmente não entra no mosaico, vai direto para o chão.

- Deve ser o único jogo a dar penalidade ao primeiro jogador... Tinha que ser de um português...

Ora, pois! Tu és um leguelhé, mesmo! Primeiro, o jogo não é português (Dica da Sra. Slovic: Michael Kieskig, criador também de Tikal, Mexica, Nauticus, entre outros, é alemão), só baseado em sua cultura. Segundo, ser Primeiro Jogador compensa muito a perda de alguns PVs. Terceiro: Ele não é o único jogo que faz isso (Nota do Sr. Slovic: Alguém mencionou Domus Domini?). A rodada termina quando todos os azulejos são comprados. No fim do turno, só jogadores colocam as peças no mosaico, se a Área de Espera estiver completa. Cada peça colocada vale um PV, mais um para cada azulejo que estiver adjacente na coluna ou linha, criando uma linha contínua. Todos os azulejos no Chão tiram PV (Dica da Sr. Slovic: Cuidado, a penalidade pode chegar a mais de 13 pontos).



No geral, Azul é um grande jogo. Simples, fácil de explicar, mas altamente estratégico. No início até parece que não há interação entre os jogadores (Nota da Sra. Slovic: Sério, não há nenhuma interação direta), mas boa parte da estratégia e escolher bem os azulejos para que seus adversários peguem peças que vão para o chão. As peças são lindas e de altíssima qualidade. O jogo tem certa fluidez, mas pode emperrar com jogadores adeptos ao AP (Nota da Sra. Slovic: Analysys Paralysys, quando o jogador fica pensando muito em sua jogada e paralisa a partida. Ou como chamamos em casa: “Vai, William!!!”). Azul é um jogo que vale a pena conhecer e, se possível, ter na coleção. É bonito, é simples, é rápido. Não é só Hype, é um jogão mesmo!

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