Um incêndio de grandes proporções
quase destrói uma das mais importantes cidades do mundo. Em 1666 o fogo destruiu
13.200 casas, 87 igrejas, a Catedral de St. Paul e 44 prédios públicos em
Londres. Oficialmente, poucas pessoas morreram, mas os registros da época não
levavam em conta os pobres e miseráveis, por tanto o número de vitimas foi
gigantesco. Grandes arquitetos da época foram chamados para reconstruir a
capital do mundo civilizado. E esse processo pode ter moldado o mundo. London
Tá na Mesa!
London é um incrível
jogo de Martim Wallace, criado em 2010. DE dois a quatro jogadores, com duração
média de 90 minutos os jogadores usam cartas para reconstruir a capital inglesa
depois do Grane Incêndio.
- Morte ao tiranos.
Londres deveria ter sido extirpada do mundo. Morte ao capitalismo.
Quanta revolta, remendo
de Guy Fawkes. Como o mundo seria diferente se a capital do poderosíssimo
Império Britânico fosse totalmente aniquilada? Nunca saberemos, mas podemos
ajudar na reconstrução da cidade. Muitas das cartas de London rementem a lugares
famosos da capital e traz atrativo extra para quem conhece essas localidades,
como o Palácio Buckingham e Covent Garden (Nota do Sr. Slovic: Considerado um
dos lugares mais estranhos do mundo pela Sra. Slovic).
Em seu turno o jogador
deve comprar uma carta e fazer uma dessas ações: baixar cartas, comprar um Distrito,
comprar três cartas ou usar as cartas baixadas (chamado Administrar a Cidade ou
Run the City). Para baixar uma carta é necessário pagar o custo dela (se houver)
e descartar no tabuleiro uma carta da mesma cor. Há três cores: marrom, azul e
rosa. Além das cartas cinza de pobreza.
- Lá vem o burguês discriminando
o povo. A pobreza é linda!
Mas quem disse isso,
Massa de manobra? Infelizmente nessa época, Londres era povoada por um grande
número de indigentes, que na visão dos nobres que financiavam a construção da
cidade, eram um fardo e não deveriam estar ali. Isso está inserido no jogo por
causa do contexto histórico, assim como os escravos de Puerto Rico, e não por
apologia do autor ou dos jogadores.
No tabuleiro está o
mapa de Londres, dividida em seus distritos atuais. Cada um tem um preço e dá
uma quantidade de cartas ao ser comprado, além de Pontos de Vitória (PV) no fim
do jogo. No começo da partida somente três estão disponíveis (Nota histórica do
Sr. Slovic: Os que já existiam em 1666). Depois que um é adquirido, seus
vizinhos são liberados para a compra.
- E como se ganha dinheiro
nessa coisa? Quero ser o mais rico!
Ué, antes era contra o
capitalismo e agora que saber como enriquecer? Mas é um Socialista de iPhone,
mesmo. Quando um jogador escolhe a ação de Run, ganha todos os bônus das cartas,
seja dinheiro, PV o outro benefício. Não é necessário usar todas as cartas
baixadas, pois quase todas depois que são utilizadas, são viradas para baixo
(Nota da Sra. Slovic: Algumas não dão bônus algum, além de PV no fim da
partida). O problema de Run th City, é ganhar Cubos de Pobreza. Sempre no fim
dessa ação conta-se quantas pilhas de cartas tem na cidade do jogador, soma-se
com quantas cartas ele tem na mão e subtrai de quantos distritos ele tem. Esse
é o número de Cubos que se ganha. No fim do jogo os Cubos podem tirar muitos,
mas muitos PV!
- Ai, mas uma vez falando
mal do pobre! Coxinha de mierda!
Calma, Zero a Esquerda.
Já falamos do contexto histórico, certo, ou já esqueceu? E sabe como se livra
dos Cubos? Principalmente com cartas que se referem a locais que dão emprego ou
que trazem melhorias a cidade, como iluminação pública (Nota da Sra. Slovic:
Mas também tem a Prisão e outros lugares não tão agradáveis...). Cada vez que
baixa uma carta o jogador decide se coloca sobre outra ou cria uma nova pilha. As
cartas cobertas perdem a habilidade e não dão mais os bônus no Run, mas quantos
menos pilhas, menos cubos. Achar o equilíbrio certo no tamanho da cidade e os
bônus que se pode ganhar é fundamental na vitória.
As cartas representam
mais de 250 anos progresso na cidade. O baralho de compras é feito de uma
maneira que os lugares mais antigos entrem antes no jogo e os mais recentes
perto do fim da partida (Nota do Sr. Slovic: Estamos falando do início do séc.
XX. Não espere encontrar a London Eye). Temos Oxford Street, a Companhia das Índias
Ocidentais, a Catedral de Saint Paul e o Museu Britânico (Nota da Sra. Slovic:
O melhor passeio da Europa, na opinião do Sr. Slovic, pois, entre outras incríveis coisas, estão expostos alguns dos mais antigos boardgames do mundo).
O jogo termina no turno
que o baralho de compras terminar. Quem tem menos Cubos de Pobreza descarta
todos. Os outro jogadores eliminam a mesma quantidade. No tabuleiro há uma
tabela mostrando quanto de PV o jogador perder com os cubos restantes. Depois se
soma os PV conseguidos durante a partida com os que algumas cartas baixadas
dão. No fim quem tiver mais PVs ganha.
No geral, London é um
bom jogo. As regras podem parecer confusas no início, principalmente a do Run,
mas todos pegam rápido o jeito da partida. Em 2017 saiu London Second Edition.
A grande diferença está na arte (Nota da Sra. Slovic: Realmente está muito
melhor) e nos Bairros, que em vez de estarem no tabuleiro central, agora são
cartas (Nota do Sr. Slovic: Gosto mais do mapa). London é um jogo interessante,
onde o equilíbrio é a palavra chave. Agora uma pausa para o Chá das Cinco, por gentileza.
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