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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

London


Um incêndio de grandes proporções quase destrói uma das mais importantes cidades do mundo. Em 1666 o fogo destruiu 13.200 casas, 87 igrejas, a Catedral de St. Paul e 44 prédios públicos em Londres. Oficialmente, poucas pessoas morreram, mas os registros da época não levavam em conta os pobres e miseráveis, por tanto o número de vitimas foi gigantesco. Grandes arquitetos da época foram chamados para reconstruir a capital do mundo civilizado. E esse processo pode ter moldado o mundo. London Tá na Mesa!



London é um incrível jogo de Martim Wallace, criado em 2010. DE dois a quatro jogadores, com duração média de 90 minutos os jogadores usam cartas para reconstruir a capital inglesa depois do Grane Incêndio.

- Morte ao tiranos. Londres deveria ter sido extirpada do mundo. Morte ao capitalismo.



Quanta revolta, remendo de Guy Fawkes. Como o mundo seria diferente se a capital do poderosíssimo Império Britânico fosse totalmente aniquilada? Nunca saberemos, mas podemos ajudar na reconstrução da cidade. Muitas das cartas de London rementem a lugares famosos da capital e traz atrativo extra para quem conhece essas localidades, como o Palácio Buckingham e Covent Garden (Nota do Sr. Slovic: Considerado um dos lugares mais estranhos do mundo pela Sra. Slovic).

Em seu turno o jogador deve comprar uma carta e fazer uma dessas ações: baixar cartas, comprar um Distrito, comprar três cartas ou usar as cartas baixadas (chamado Administrar a Cidade ou Run the City). Para baixar uma carta é necessário pagar o custo dela (se houver) e descartar no tabuleiro uma carta da mesma cor. Há três cores: marrom, azul e rosa. Além das cartas cinza de pobreza.



- Lá vem o burguês discriminando o povo. A pobreza é linda!

Mas quem disse isso, Massa de manobra? Infelizmente nessa época, Londres era povoada por um grande número de indigentes, que na visão dos nobres que financiavam a construção da cidade, eram um fardo e não deveriam estar ali. Isso está inserido no jogo por causa do contexto histórico, assim como os escravos de Puerto Rico, e não por apologia do autor ou dos jogadores.

No tabuleiro está o mapa de Londres, dividida em seus distritos atuais. Cada um tem um preço e dá uma quantidade de cartas ao ser comprado, além de Pontos de Vitória (PV) no fim do jogo. No começo da partida somente três estão disponíveis (Nota histórica do Sr. Slovic: Os que já existiam em 1666). Depois que um é adquirido, seus vizinhos são liberados para a compra.

- E como se ganha dinheiro nessa coisa? Quero ser o mais rico!



Ué, antes era contra o capitalismo e agora que saber como enriquecer? Mas é um Socialista de iPhone, mesmo. Quando um jogador escolhe a ação de Run, ganha todos os bônus das cartas, seja dinheiro, PV o outro benefício. Não é necessário usar todas as cartas baixadas, pois quase todas depois que são utilizadas, são viradas para baixo (Nota da Sra. Slovic: Algumas não dão bônus algum, além de PV no fim da partida). O problema de Run th City, é ganhar Cubos de Pobreza. Sempre no fim dessa ação conta-se quantas pilhas de cartas tem na cidade do jogador, soma-se com quantas cartas ele tem na mão e subtrai de quantos distritos ele tem. Esse é o número de Cubos que se ganha. No fim do jogo os Cubos podem tirar muitos, mas muitos PV!

- Ai, mas uma vez falando mal do pobre! Coxinha de mierda!



Calma, Zero a Esquerda. Já falamos do contexto histórico, certo, ou já esqueceu? E sabe como se livra dos Cubos? Principalmente com cartas que se referem a locais que dão emprego ou que trazem melhorias a cidade, como iluminação pública (Nota da Sra. Slovic: Mas também tem a Prisão e outros lugares não tão agradáveis...). Cada vez que baixa uma carta o jogador decide se coloca sobre outra ou cria uma nova pilha. As cartas cobertas perdem a habilidade e não dão mais os bônus no Run, mas quantos menos pilhas, menos cubos. Achar o equilíbrio certo no tamanho da cidade e os bônus que se pode ganhar é fundamental na vitória.

As cartas representam mais de 250 anos progresso na cidade. O baralho de compras é feito de uma maneira que os lugares mais antigos entrem antes no jogo e os mais recentes perto do fim da partida (Nota do Sr. Slovic: Estamos falando do início do séc. XX. Não espere encontrar a London Eye). Temos Oxford Street, a Companhia das Índias Ocidentais, a Catedral de Saint Paul e o Museu Britânico (Nota da Sra. Slovic: O melhor passeio da Europa, na opinião do Sr. Slovic, pois, entre outras incríveis coisas, estão expostos alguns dos mais antigos boardgames do mundo).

O jogo termina no turno que o baralho de compras terminar. Quem tem menos Cubos de Pobreza descarta todos. Os outro jogadores eliminam a mesma quantidade. No tabuleiro há uma tabela mostrando quanto de PV o jogador perder com os cubos restantes. Depois se soma os PV conseguidos durante a partida com os que algumas cartas baixadas dão. No fim quem tiver mais PVs ganha.



No geral, London é um bom jogo. As regras podem parecer confusas no início, principalmente a do Run, mas todos pegam rápido o jeito da partida. Em 2017 saiu London Second Edition. A grande diferença está na arte (Nota da Sra. Slovic: Realmente está muito melhor) e nos Bairros, que em vez de estarem no tabuleiro central, agora são cartas (Nota do Sr. Slovic: Gosto mais do mapa). London é um jogo interessante, onde o equilíbrio é a palavra chave. Agora uma pausa para o Chá das Cinco, por gentileza.

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