Saindo pelo oceano,
atravessando uma imensidão de mar, você encontra uma ilha. Bem, tecnicamente é
um atol, mas isso não importa. O local foi realmente agraciado pelos deuses:
Sol, mar, comida, hotéis, descanso... Tudo para você ter uma vida boa. Mas isso
só se for um turista no séc. XXI. Como deu um pouco de azar de nascer antes,
será um nativo em um atol meio que isolado. Ainda temos Sol, mar, comida, mas
sem os hotéis. E sem descanso. Isso só em Vanuatu. Boa sorte nessa vida. Se
a sorte ajudar, ela poderá ser boa. Prepare-se, Bora Bora Tá na Mesa!
Bora Bora é um jogo criado em 2013
por Stefan Feld. Para dois a quatro jogadores, com duração média de 90 minutos.
Em Bora Bora, os jogadores são nativos que tentam levar uma vida próspera na
ilha.
- Para de repetir o nome do jogo
toda hora! Parece um retardado.
Naʻaupō. Disso você bem que entende, né? Estude um pouco para saber que o
nome do local é realmente Bora Bora. Um atol no meio do Pacífico, destino de
vários turistas em busca de suas lindas praias (Nota da Sra. Slovic: Também
conhecido em alguns meios por Bora Bora Bora. Se entendeu a referência,
parabéns, você tem bom gosto). No início do turno os jogadores jogam três dados
para fazer suas ações. Dependendo do número de jogadores há de seis a oito
ações disponíveis. Quanto maior o valor do dado usado na ação, mais forte ela
é, porém o próximo jogador a utiliza-la deve usar um dado de valor menor. Então
uma das grandes dilemas do jogo é usar um dado alto para maximizar minha jogada
ou um baixo e bloquear todo mundo?
A rodada é dividida em quatro fases: Na
primeira os dados são rolados e alocados, com as ações realizadas
imediatamente. Na segunda, se o jogador já tiver recrutado pessoas (Nota da
Sra. Slovic: É uma das ações possíveis), pode usar a habilidade especial de uma
mulher e de um homem. Depois ganha-se
determina-se a nova ordem do turno, que já fica em vigor. Com essa nova ordem,
na última fase, compra-se joias Adornos no Mercado e novos Objetivos.
- É muito complicado esse jogo imbecil.
Mas é muito haule, mesmo. Tudo é complicado
para você. Bora Bora pode parecer complexo, mas
as regras são fáceis de entender (Nota do Sr. Slovic: Mas nem sempre
fáceis de explicar). O tabuleiro central representa a ilha, onde o jogadores
podem colocar suas vilas para recolher os recursos (Areia, Madeira, Pedra e
Oferenda). Os três primeiros servem para a construção de Templos e o segundo
para usar as Cartas de Deuses, que são poderosas e podem alterar as regras do
jogo. Há também a Trilha da Tatuagem, que dá Pontos de Vitória (PV) no fim da
rodada, além de decidir o jogador inicial, além do Mercado e dos marcadores de
População e de Objetivos.
O tabuleiro individual pode, a princípio,
parecer muito confuso (Nota da Sra. Slovic: Na verdade ele é muito poluído
visualmente), mas metade dele é um resumão de todas as regras. No restante
estão os locais de armazenamento de material e onde fica suas vilas não uadas,
população e objetivos.
Sobre os objetivos, os jogadores sempre tem
três objetivos abertos, sendo que no fim da rodada pode cumprir somente um,
exceto na ultima rodada onde pode fazer todos. Alguns são bem simples e outros
nem tanto, mas independente disso todos falem seis PV, se cumpridos na
totalidade, ou quatro se o jogador usar uma carta de deus. Se não conseguir
nenhum, algum deverá ser descartado.
No geral, Bora Bora é um ótimo jogo. O primeiro
do Feld que conheci e ainda é o meu favorito. O jogo é bem disputado e um
pequeno descuido deixa tudo a perder. Como a maioria dos jogos do autor, tem
muitas maneiras de pontuar (Nota do Sr. Slovic: A famosa “salada de pontos”). A
arte é bem bonita, mas o trabalho final não tem tanta harmonia quanto merecia esse grande jogo. Como falamos, é um tanto
poluído demais. Para quem nunca jogou um Dice placement (Nota da Sra. Slovic:
Ou em bom português. Alocação de Dados) é um bom jogo para aprender. Claro que
você vai apanhar no começo, mas estamos falando do Mestre Feld, certo? É um
jogo que todo bom eurogamer deveria jogar pelo menos uma vez. Mahalo Nui
Loa! (Nota do Casal Slovic: Ok, sabemos que é uma saudação em havaiano e
que não é o idioma de Bora Bora, mas estava difícil expressões em Taitaino
agora. Aloha!)
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