No principio nada havia, então a terra surgiu. Mar,
montanhas, planícies... Uma grande quantidade de terrenos prontos para abrigar
o presente mais precioso do universo: a Vida. No inicio, pequenos animais,
depois a principal criação de todos: a humanidade. A humanidade criou cidade,
cada vez mais grandiosos e povoaram o mundo. Os criadores olharam para o mundo
e decidiram que só um poderia prevalecer. Desastres mudaram o mundo para que a
competição chegasse a um fim. E a humanidade só podia assistir indefesa e ter a
certeza que, entre os criadores, Gaïa Tá na Mesa!
Gaïa é um jogo criado por Oliver
Rolko em 2014. De dois a cinco jogadores, com duração média de 30 minutos, em
Gaïa os jogadores usam seus poderes divinos para criar em conjunto um mundo,
moldando-o para satisfazer seus desejos.
- Heresia! Você vai queimar no
mármore do inferno por dizer tamanho sacrilégio!
Deixe seus ideais religiosos fora
da mesa, seu sequelado. Assim como Deus, Chaos in the Old World, Elysium e
tantos outros, Gaïa é só um jogo. E um bom jogo. O tabuleiro do jogo é montado
durante a partida. Os jogadores têm duas ações em seu turno, que pode ser
comprar ou baixar uma carta. Há dois tipos de cartas (três no modo avançado):
de terreno e de vida.
São cinco tipos de terrenos: mar,
montanha, planície, deserto e pântano. Para colocar um terreno em jogo e
necessário baixar da mão uma carta daquele tipo de terreno. A única regra de
colocação de terrenos é que só podem ser colocados adjacentes a outro (Dica da
Sra. Slovic: Antes que alguém pergunte, lógico que essa regra não vale para o
primeiro).
As cartas de vida podem ser de
dois tipos: animais e cidades. Os animais são pequenos tokens que são colocados
nos terrenos indicados na carta. Já as cidades têm alguns requisitos para serem
colocadas, descritas na carta, que normalmente são tipos de terrenos que devem
existir adjacentes de onde a cidade será construída, ou que deve haver animais
próximos. Para a fundação da cidade ocorrer, dois desses requisitos já devem
estar em jogo. Sempre que uma cidade é erguida, o jogador deve colocar um
meeple de sua cor nela. Todos os jogadores tem no inicio da partida cinco
meeples (Seis para dois jogadores). O quando o último for colocado, o jogo
termina imediatamente.
- Então é só colocar os
bonequinhos na mesa para vencer? Que jogo idiota!
Sim, meu cara apedeuta! Quem
colocar os “bonequinho” na mesa ganha, mas nada é tão fácil assim (Dica do Sr.
Slovic: No modo normal de jogo é fácil, sim, por isso não gostamos dele).
Primeiro é que se não houver comida para alimentar a cidade, o meeple volta
para a mão do jogador. Segundo é que criar cidades não é a única maneira de
vencer. Existem os objetivos.
No início da partida são sorteados
os objetivos, que ficam abertos para todos os jogadores. O número depende da
quantidade de jogadores. Sempre que o jogador baixa um terreno, coloca a carta
usada na sua frente. As cartas de objetivos mostra os tipos e quantidades de
terrenos que o jogador precisa baixar para completá-lo. Assim que conseguir,
deve colocar um de seus meeple no objetivo (Dica da Sra. Slovic: Esse meeple
nunca poderá ser removido do objetivo). Só pode ter um por carta.
Esse é o módulo básico (Nota do
Sr. Slovic: E sem graça, que serve só para você conhecer como funciona Gaïa).
Com as regras avançadas, há mais interação entre os jogadores, principalmente
com as cartas de Poder, que podem alterar o formato do mundo. São sete tipos:
Sol, Chuva, Terremoto, Tornado, Vulcão, Relâmpago e Escudo. Baixando uma carta
do Sol, um Pântano torna uma Planície ou uma Planície vira um Deserto. Já com,
chuva é o contrário. Terremoto troca
dois terrenos adjacentes de lugar. Com Tornado o jogador pode pegar uma carta
da mão de um adversário. Já com Vulcão o jogadores escolhe uma Montanha e
destrói toda a vida animal e cidades ao redor, além de transformar todas as
Florestas, Planícies e Pântanos adjacentes em Desertos. Relâmpago retira todos
os animais ou cidade de um único terreno. E, por fim, Escudo pode cancelar
todas as outras cartas de Poder, inclusive outro Escudo (Dica do Sr. Slovic: É
a única carta que pode ser usada no turno de outro jogador). No modo Avançado
entram também as regras para roubar as cidades dos adversários.
No geral, Gaïa é um jogo bem
dinâmico (Nota da Sra. Slovic: No modo avançado). As regras são simples. Na
verdade simples em demasiado no modo Básico. A partida é rápida e um descuido
pode deixar tudo a perder. No modo Básico é difícil alcançar quem já está na
frente, mas com as cartas de Podem em mãos, tudo pode acontecer, principalmente
viradas homéricas ou derrotas dignas do Groo. Gaïa é um jogo interessante e um
tanto desconhecido. Vale realmente conhecê-lo, a não ser que você não goste de
jogos onde podemos ferrar amiguinhos. Agora, vamos criar um mundo!
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