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terça-feira, 15 de agosto de 2017

Giants

Há uma ilha no meio do Oceano Pacífico, isolada de tudo. Quando os primeiros navegadores europeus chegaram por lá, encontraram várias cabeças esculpidas. Eram enormes blocos de pedra, espalhados por todo o litoral. Muitos achavam que só um povo altamente civilizado poderia fazer tal façanha, mas os nativos tinham uma cultura primitiva em comparação a Europa. Então só poderiam ter tido ajuda de alienígenas ou de Atlantes. Ledo engano.  Inventividade humana não tem limites, a não ser quando os recursos naturais do local se esgotam e não há possibilidade de migração. Isso que os nativos da Ilha da Páscoa nos mostram, e podemos ver agora, já que Giants Tá na Mesa!



Giants é um jogo lançado em 2008 por Fabrice Besson. Para dois a cinco jogadores, com duração média de 60 minutos, em Giants os jogadores são líderes de várias tribos na Ilha da Pascoa e devem construir Moais.

- Oba, finalmente um jogo que eu vou gostar. Chocolate!



Esses gordinhos com mania de ver doce em tudo... Giants não tem nada relacionado a chocolate (Nota do Sr. Slovic: O local tem o nome da Ilha da Páscoa, porque foi encontrada pelos europeus na época da Pascoa, assim como o Monte Pascoal, na Bahia). O jogo consiste basicamente levar os moais da pedreira de onde foram esculpidos até o litoral. Quanto mais longe da pedreira o Moai ficar, mais Pontos de Vitória (Pvs) ele vale no fim do jogo. Para levá-lo até seu o local, os jogadores usam trabalhadores. Cada jogador tem no inicio da partida um Líder, um Xamã e dois Trabalhadores. Durante o decorrer do jogo, mais trabalhadores podem ser recrutados.

No inicio do turno, são jogados alguns dados (um por jogador) para determinar os tipos de Moais disponíveis para o leilão. Há três tamanhos. Quanto maior, mais difícil de carregá-lo, mas mais Pvs ele dá. Depois vem a fase do leilão. Todos os jogadores devem apostar seus trabalhadores em dois leilões simultâneos: um para decidir o primeiro a escolher e outro para o tamanho que pode pegar. Quanto maior a escultura escolhida, mais trabalhadores devem ser usados. Depois de escolhidos, vem à fase do movimento. Os jogadores devem colocar os trabalhadores no tabuleiro, criando um caminho até onde quer chegar. Quanto maior o Moai, mais trabalhadores devem ser colocados no mesmo espaço. Os membros da tribo usados no leilão não podem ser usados para mover. O interessante é que depois de colocados, seus trabalhadores pode ser usados por outros jogadores para mover as pedras. Mas isso não é de graça. Cada trabalhador usado dá um Pvs ao líder da tribo (Dica da Sra. Slovic: Isso torna o jogo quase um semi-coop. É interessante criar um caminho que outro possam usar no mesmo turno). Depois que todos movem seus Moais, o turno acaba. Como os locais mais próximos na pedreira são normalmente os primeiros a serem ocupados, conforme o jogo avança dificilmente no mesmo turno um Moai que acabou de ser esculpido chega ao seu destino. Para marcá-lo como seu, o jogador pode colocar um marcador em cima da escultura. Se não, no próxima rodada qualquer um pode continuar a movê-lo e ganhar os pontos por ele se chegar no litoral.



- Então é só isso? Criar uma fila indiana para carregar pedras... Que chato!

Errado, Cabeção! Não é só isso. Temos, por exemplo, o Xamã, que pode ser colocado em certos lugares do tabuleiro para fazer ações especiais, como recrutar mais Guerreiros, cortar troncos de árvores, criar Placas Ronko ou esculpir Punkos. Os troncos servem para facilitar o movimento das esculturas pela ilha, mas uma vez colocadas no tabuleiro não pode ser mais tiradas e podem ser usadas por todos, sem render Pvs por isso (Dica da Sra. Slovic: Há uma quantidade limitada de troncos disponíveis, então cuidado onde usá-los). Já os Punkos são pedras retiradas de um vulcão e eram colocadas no topo nos Moais, como se fossem chapéus. Eles seguem as mesmas regras das esculturas para movimento e pontuação. E por fim as placas servem para os Chefes usarem os locais especiais dos Xamãs.




No geral, Giants é um grande jogo (Nota do Sr. Slovic: Sem trocadilho). Ele é muito estratégico. É preciso pensar bem o melhor caminho para levar os Moais e tentar se aproveitar ao máximo dos trabalhadores dos adversários. Apesar da fase de leilão ocorrer todo o turno, o jogador não é obrigado a participar sempre. As vezes é melhor usar todos os membros da tribo para mover um Moai a esculpir outro. Ele possui várias mecânicas encaixadas de maneira bem interessante: Alocação de Trabalhadores, Leilão, Criação de Rotas, Levar e Pegar. Mesmo sendo um jogo um pouco antigo, ele está longe de ser datado. E é um daqueles jogos que pede uma foto no fim da partida. O tabuleiro sem nada já é muito bonito, com os Moais, fica fantástico de se ver. Agora, vamos que temos hora para chegar na pedreira. Moais não se esculpem sozinhos.


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