Um dia vi um filme que falava de
um cara que tinha que fazer doze trabalhos... Fichinha. Queria que ele tivesse
um dia meu, para ver o que é bom para tosse: passar, lavar, cuidar das crianças,
fazer supermercado, varrer a casa, dar banho no cachorro... Tudo isso antes de
ir para o trabalho, pegar as crianças na escola e estudar a noite. Coisa de
amador. Agora, chega de enrolação, pois anda tenho mais uma coisa para fazer:
Oracle of Delphi Tá na Mesa!
Oracle of Delphi é um jogo lançado
em 2016 pelo mestre Stefan Feld. Para dois a quatro jogadores, com duração
média de 100 min, em Oracle os jogadores devem competir em uma corrida para
cumprir doze trabalhos o mais rápido possível.
- Doze trabalhos?!? Que tortura.
Verdade, esqueci que você é um
daqueles que foge dos classificados como o diabo foge da cruz. Oracle of Delphi
é baseado na lenda dos Doze trabalhos de Hércules. O tabuleiro é modular, o que
deixa o jogo com uma rejogabilidade fantástica. Ele representa o mar Egeu (Nota
do Sr. Slovic: O mar que banha a Grécia), com sua ilhas, onde estão monstros,
estátuas, cidades, templos e mercadorias. Todo mapa é dividido em hexágonos,
cada um de uma das seis cores do jogo. Cada cor representa um deuses. Os
trabalhos estão divididos em quatro grupos: derrotar monstros, encontrar
cidades, carregar estátuas e entregar mercadorias. Cada uma deve ser feita três
vezes. As tarefas também estão divididas nas seis cores. Ante do inicio da
escolhe-se as cores das tarefas que deverão ser realizadas.
Há sete ações possível no turno:
navegar, pegar ou entregar estátua, derrotar o monstro, pegar ou entregar
mercadoria, descobrir uma ilha. Cada jogador tem três dados, com as seis cores
dos deuses, que permite fazer essas ações. Aqui está um aparte interessante do
jogo: para, por exemplo, navegar até um espaço azul, o jogador deve usar um com
a face azul; para derrotar um monstro verde, deve-se usar um dado com a face
verde. As faces dos dados iram determinar basicamente o que se pode ou não
fazer no jogo. É possível gastar Favores dos Deuses para alterar o resultado
dos dados.
Para cada trabalho realizado,
ganha-se um bônus. Todos são poderosos e alteram bem as regras do jogo. Vence o
jogo quem terminar todas as tarefas e voltar para o ponto inicias do tabuleiro,
onde está a figura de Zeus.
- Então é só uma simples
corridinha com dados, tipo ludo.
Longe disso, minha cara Tapirus
Terrestris. Assim como Formula D, o jogo não é uma mera corrida baseada
somente na sorte. Para vencer é necessária muita estratégia (Nota da Sra.
Slovic: E uma ponta de sorte maior que a esperada). Não só sua rolagem de dados
altera o que você pode fazer. O resultado dos adversários, também afeta. Cada
jogador tem uma trilha dos seis deuses. Sempre é possível escolher um resultado
dos dados dos outro jogadores para subir um deus na trilha. Quando o marcador
chega no topo, o jogador pode usar o poder daquele deus, que são bem poderosos.
Há outra maneiras de andar na trilha, coimo descartar um de seus dados ou
cumprir algumas tarefas.
Os jogadores tem um valor de Poder
Militar, que serve para derrotar os monstros e para evitar os danos da viagem.
Sempre que o ultimo jogador da rodada rolar sues dados, um dado preto extra
também será usado. Todos os jogadores que tiverem Poder Militar menor que o
resultado do dado recebe uma Carta de Dano que, como tudo no jogo, está
dividido em seis cores. Um jogador que tenha três danos da mesma cor ou seis
quaisquer perde a próxima rodada. Há várias maneiras de se livrar das Cartas de
Dano, até mesmo se tornar imune a uma cor.
No início do partida, cada jogador
sorteia um barco, que tem diferente capacidade de carga e uma habilidade
especial. Como o mapa é modular, os elementos (estátuas, cidades, mercadorias,
templos e monstros) estarão em locais diferentes a cada jogo. E como as cores
dos Trabalhos também mudam, toda partida será diferente. Há outros fatores que
tornam cada parida única, como as carta de Heróis (Nota da Sra. Slovic: Que
ganha derrotando os monstros), as cartas de Dados extras e os Poderes
Especiais.
No geral, Oracle of Delphi é um
jogo bom e bem amarrado. Nem parece algo vindo do Feld, (Nota do Sr. Slovic:
Conhecido pelos jogos de maquininha de pontos, como Castles of Burgundy, Bora
Bora e Trajan) mas com sua inegável qualidade em criar jogos. O jogo é bem
temático. A jogada dos dados é uma consulta do Oráculo (Nota da Sra. Slovic: E
você se perguntando de onde vinha o nome do jogo, heim?) para saber os melhores
caminhos a seguir (ou não). Lutar contra a Medusa ou Minotauro, sofrer com os
capricho dos deuses (a sorte nos dados), navegar por todo o mar (normalmente a
coisas então cada uma em um canto do mapa). Oracle é um jogo bem divertido e
deve agradar muita gente (Nota da Sra. Slovic: Menos os azarados nos dados ou
aqueles que tem uma aversão muito grande ao fator sorte). Agora, avante homens,
pois Poseidon está sendo favorável a nós hoje.
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