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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Chicago Express

A marcha do progresso é inexorável. Aço, sangue e lágrimas são os alicerces do futuro. Onde hoje você vê mato e pedras, florestas e montanhas, eu vejo milhas e milhas de trilhos, levando a civilização a lugares distantes. E digo, antes do nosso crepúsculo, chegaremos a Chicago e, graças a nós, todos também poderão chagar. Tenho dito. Agora, venha comigo, Chicago Express Tá na Mesa!



Chicago Express é um jogo de desenvolvimento econômico lançado em 2007 por Harry Wu. De dois a seis jogadores, com duração média de 75 minutos, os jogadores devem investir em Ações várias companhias ferroviárias, capitalizando-as, para que as mesmas possam construir trilhos e melhorias no Centro Oeste americano.

- Capitalizar? Isso é uma coisa deplorável. Abaixo ao burguês!

Pense melhor, Karl Jr. Sem capitalizar, grandes empresas não captam recursos importantes para criar novos desenvolvimentos. Se não gosta disso, dê adeus ao seu querido iPhone. Na sua vez, o jogador deve escolher uma de três ações possíveis: Iniciar um Leilão, Construir uma Melhoria ou Ampliar as Linhas de Trens. Assim como em Airlines Europe, os jogadores não controlam uma única empresa, podendo ter ações de todas, mas diferente dele, para aumentar a malha ferroviária de uma companhia é necessário ter ações dela. Em cada turno do jogo, há um determinado número de vezes que cada ação pode ser feita. Marcadores no tabuleiro indicam quantas vezes cada uma já foi realizada. Quando duas chegam ao máximo acaba o turno. 

Há cinco companhias no jogo (Nota do Sr. Slovic: Mas uma só entra em jogo se uma determinada condição ocorrer), cada uma com uma quantidade de Ações disponíveis a venda. No fim do turno cada empresa paga dividendos aos seus acionistas. Esse valor depende de quanto a empresa foi valorizada durante o jogo e quantas ações já foram vendidas.



Há três gatilhos de fim de jogo: Quando todas as Ações de três empresas são leiloadas. quando acabar os trilhos de três companhias ou no fim do oitavo turno. Depois da ultima partilha dos dividendos, o jogador com mais dinheiro vence.

- Como suspeitava. Um jogo onde só o dinheiro importa. Não irei tolerar isso!

Então vá de Jogo da Vida Feliz e tente não pegar a carta de Capitalismo Selvagem. Quando alguém inicia um Leilão, todos podem jogar. O lance mínimo é o valor do dividendo da companhia naquele instante. O dinheiro conseguido no leilão fica com a companhia em vez de voltar ao banco. Quando um jogador Amplia uma Linha de Trem, o dinheiro gasto com a colocação dos novos trilhos sai do montante conseguido pela empresa nos Leilões e não de da reserva do jogador. Cada tipo de terreno tem um custo e se a empresa não tiver o suficiente, o trecho não pode ser feito. Sempre que um trilho chega a uma nova cidade, as ações daquela empresa valorizam, aumentando o valor total do dividendo no fim do turno. Por fim, quando alguém Constrói uma Melhoria, um prédio é colocado no tabuleiro e dependendo do terreno ou a empresa consegue uma pequena captação de recursos ou é valorizada.




No Geral, Chicago Express é um jogo interessante. Tem um tanto de Airlines Europe com uma pitada de Ticket to Ride. É interessante o fato do jogador poder ter várias companhias, podendo investir em várias, valorizando uma ou outro conforme sua estratégia (nota do Sra. Slovic: Deixe seu amigo trabalhar por você. Tenha ações diversas e veja aquele seu colega que só tem Ação da Empresa Azul investir na ampliação dela, enquanto você diversifica as outras), mas a mecânica do Leilão poderia ser diferente (Nota do Sr. Slovic: Talvez com lances fechados). O jogo é bonito e vale a pane conhecer. Agora, tenho que correr. Se eu perder o trem que sai agora as onze horas, só amanhã de manhã...


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