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segunda-feira, 21 de março de 2016

Grupo Jedai: Jogos, Educação, Didática, Aprendizagem e Inovação



Uma das principais questões da educação nos dias de hoje é como motivar o aluno, como atrair sua atenção em mundo cada vez mais dispersivo, tanto para diminuir a evasão escolar ou como para aumentar os índices de aprendizagem. A escola deve oferecer oportunidades para a construção do conhecimento através da descoberta e da invenção.

É preciso criar novas formas de desenvolver a criatividade e a busca pelo conhecimento. A finalidade é educar e ensinar, buscando novas abordagens, que estão sendo pesquisadas para resolver este problema, como a educação lúdica, a utilização de jogos.

É com essa premissa que o Grupo JEDAI (Jogos na Educação, Didática, Aprendizagem e Inovação), cria ou adapta jogos para uso em sala de aula. O grupo, criado por Gamers que acreditam que jogos na educação são um material didático poderoso desde que sejam verdadeiramente jogos (Nota da Sra. Slovic: Divertidos, desafiadores) e educativos (Nota da Sra. Slovic: Que ensinem, sem que o jogador perceba).

E você deve estar se perguntando: Como posso usar um jogo que comporta três, quatro, às vezes, cinco jogadores, no máximo, em uma sala com mais de trinta?  Com gestão de sala de aula. Uma solução vem lá dos famosos “cantinhos” da educação infantil em que um grupo joga, enquanto outro pesquisa sobre o tema, etc. Outra saída é dividir a turma em grupos e cada grupo representa um jogador.

Caso você trabalhe com grupos representando players, há a opção de deixar cada grupo agir como quiser e você verá jogadores alfa assumindo liderança inata, ou se surpreenderá vendo a gestão de equipe em que eles mesmos definirão um rodízio interno para ver quem do grupo joga a cada rodada... O professor decide se é necessário intervir, ou se pode deixar o gerenciamento da atividade por conta dos alunos. O importante é que o professor fique junto dos alunos durante a partida, resolvendo dúvidas, observando as más escolhas e aquelas bem sucedidas e que vá, no desenvolver da partida, pensando em ganchos que relacionem o que aconteceu no jogo com o conteúdo a ser abordado durante as aulas.

Agora o mais importante, importantíssimo é que eles aprendam jogando. Sim, no decorrer do jogo, verbo no gerúndio! Sabe aquele esqueminha de primeiro ensinar a fazer continhas e depois aplicar um jogo que trabalhe com as operações matemáticas? É exatamente esse esquema que torna o jogo educativo chato, sem emoção. Porque aprender primeiro e jogar depois, significa que você tornou o jogo uma espécie de chamada oral gamificada, virou um exercício, uma estrutura lúdica de revisão. Primeiro vamos jogar, e ganhar e perder, e fazer boas e más escolhas e ver suas consequências. Depois, vamos explorar correlações entre o que viram no jogo e o que se quer ensinar. Assim, eles aprenderão brincando e você não tirará o brilho do jogo. Aliás, eles vão pedir pra jogar de novo, tenha certeza.  E que joguem!!!

Cuidado para não cometer erros! Ao jogar para só depois dar sua aula expositiva, você torna o jogo uma ferramenta de ensino. Se fizer ao contrário, tornará o jogo chato e, aqui, o chato é sinônimo de joguinho educativo enfadonho. E, se apenas deixar os alunos jogando e não usar os ganchos dos acontecimentos do jogo para aplica-los em sala de aula, estará usando o jogo pelo jogo e, praticamente, enchendo linguiça em sala, apenas mantendo os alunos ocupados até que a aula termine. Acredite, seus alunos dificilmente terão autonomia suficiente para, sozinhos, conseguirem aprender apenas com o que viram no jogo. Mas esteja certo de que aprenderão mais jogando do que apenas ouvindo o professor e respondendo a exercícios do livro.

Como um pequeno exemplo, vamos falar de Puerto Rico (Nota do Sra. Slovic: Se está à procura de uma visão Gamer do jogo, de uma olhada nestes links: Tá na Mesa! ou Ludopedia. A partir de agora, vamos discutir o Puerto Rico didaticamente).

Puerto Rico é um dos mais antigos jogos modernos, um dos primeiros que fizeram sucesso pelo mundo todo. E o que podemos aprender com ele? 

* História: O jogo simula fazendeiros nas Colônias espanholas do século XVII, com suas platations de milho, café, açúcar, etc, realizando comércio com a Metrópole, o famoso Comércio Triangular. Além disso, há a vinda de escravos para as terras americanas (Nota do Sr. Slovic: Achava que os “colonos” eram o que?). E tudo isso leva ao Colonialismo

* Geografia e biologia: Quais dessas culturas eram nativas da América e de onde vieram ao outras.

* Economia: É um jogo sobre economia colonial! Primeiro e Segundo setores e suas relações.

E essa é só uma pequena amostra. Ele também trabalha alocação de trabalhadores e de recursos, estratégia, compra, venda, exportação... Tudo isso num jogo em que, praticamente, você joga o tempo todo, pois no Puerto Rico, todos os jogadores têm ações, mesmo durante a vez dos outros. Muito dinâmico, tem versão em Português e Inglês, e alunos a partir de 10 anos já podem se divertir com ele. Mas jogo, na visão do Jedai, é algo para público de todas as idades.

E como se ensina isso em sala de aula? Releia o texto. Agora deve fazer mais sentido. Todo o jogo tem o potencial de ensinar algo. Como fazer é a tarefa difícil, mas estaremos à disposição para ajudar nossos colegas educadores. Venha conhecer o Grupo Jedai!


Voltaremos com mais dicas de aplicação de mais jogos na educação, apresentando seus potenciais de aprendizagem!


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