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sábado, 12 de setembro de 2015

Stone Age

A caçada foi longa e difícil. A floresta ainda esconde perigos. E a montanha e o rio não são lugares para ir sozinho. Agora que a noite chegou, venha para perto da fogueira e sente-se conosco, pois Stone Age Tá na Mesa!



Stone Age foi lançado em 2008 pela Rio Grande Games, mas sua atual editora é a Z-Man. Criado por Michael Tummelhorfer, Stone Age é um belíssimo jogo (nota da Sra. Slovic: Um dos tabuleiros mais lindos que já vi) de Alocação de Trabalhadores, para até quatro jogadores. Como todo Euro bom, o objetivo é conquistar mais Pontos de Vitória (PV). E como qualquer bom entendedor da língua da Rainha Vitoria, o jogo se passa da Idade da Pedra, onde tribos competiam entre si pelos escassos recursos necessários para sua sobrevivência.

- Então eu tenho que falar Uga-Buga para ganhar?

Não, meu caro fugitivo da escola de Neandertais. A chave da vitoria é coletar os materiais no momento certo, além de saber quando expandir o tamanho de sua tribo (e caçar, para alimentá-los), quando aumentar seu nível de agricultura e de ferramentas ou quando comprar as cartas para pontuar.

O jogo tem uma mecânica simples: no inicio de cada rodada cada um coloca quantos trabalhadores quiser em uma das áreas disponíveis para coleta ou na vila. Depois que todos fizeram, podem alocar os trabalhadores que sobraram, mas não na mesma área já alocada. Então, se você mandou três membros da tribo para cortar árvores, não poderá mandar mais nenhum para a floresta, neste turno. São dez áreas disponíveis, cinco para coletar recursos, três na vila, uma para as cabanas e outra para comprar cartas.

Os recursos são: madeira (floresta), argila (planície), pedra (montanha) e ouro (rio), que servem para comprar cartas, além da comida (campos de caça), que é necessária para alimentar os membros da tribo no fim de casa rodada. Se não houver comida suficiente, o jogador pode perder os materiais em estoque ou até mesmo PV.

As áreas na vila servem para aumentar seu nível de agricultura (cada nível alimenta um trabalhador no fim do turno, diminuindo a necessidade da caça), melhorar suas ferramentas (necessário para maximizar a coleta) e aumentar os membros da tribo (Nota do Sr. Slovic: Informalmente conhecida como “Cabaninha do Amor”)

- Não entendi!

Use sua imaginação, eterno pré-púbere. Já as cabanas e cartas servem para pontuar. Para consegui-las, além de alocar um membro de sua tribo para a área, tem que pagar um custo variado de materiais. As cabanas dão PV imediato e as cartas, além de dar um recursos de bônus, só descobre quanto ganhou de PV no fim do jogo, pois depende de vários fatores, como seu nível de agricultura ou quantos membros há na tribo ou ainda um tipo de carta especial, a de tecnologia: você ganha PV iguais ao número de tecnologias diferentes elevado ao quadrado.

- Vixe, tem matemática nisso? Até parece que estou na escola.

Não seja mais um Zero a Esquerda! Há matemática em todos os jogos, principalmente em Stone Age. Além desse cálculo no fim da partida, sempre que você coletar recursos há uma pequena conta envolvida. Cada trabalhador colocado na área de coleta representa um D6 (Nota do Sr. Slovic: Para os não-RPGistas de plantão, significa um dado de seis lados, ou simplesmente um dado comum) jogado. Então o valor é somado e dividido. Essa divisão pode ser de dois até seis, dependendo do tipo de recurso coletado, indo de dois para comida até seis para o ouro.



Voltando ao assunto da matemática, Stone Age é um jogo perfeito para usar em sala de aula. Como dissemos, há elementos das operações básicas, inclusive potência. Com suas regras descomplicadas, é ideal como ferramenta didática. E com algumas poucas adaptações, com uma única jogo, toda a sala participa (Nota do casal Slovic: Se você se interessou sobre o assunto, procure as ideias do Grupo Jedai sobre boardgames na educação no Facebook).

No geral, Stone Age é uma ótima pedida, tanto para aquele seu colega de trabalho que só jogou War quanto os mais hardcore. O jogo é leve, mas não é simplório. Para vencer é necessário ter estratégia, saber quando e o que coletar, se aumentar a tribo não vai acarretar perda de pontos por falta de comida, quando comprar determinada cabana ou carta, mas ao contrário de alguns jogos, sua diversão não será menor se não seguir estratégia alguma e deixar o jogo rolar.


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