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domingo, 27 de setembro de 2015

Takenoko

Kangei, yūjin. Conseguem sentir o aroma oriental de suculentos brotos de bambu no ar? Podem se aconchegar, pois hoje Takenoko Tá na Mesa!



Takenoko é um dos mais belos jogos já feitos. Sério! Lançado em 2011 pela Matagot e pela Asmodee, ainda é inédito no Brasil, mas não que seja um problema, pois o jogo independe totalmente de idioma. De dois a quatro jogadores, Takenoko é uma obra de arte, principalmente as miniaturas do Panda e do Jardineiro.


- Panda? Jardineiro? Eu vim aqui pensando em ver guerreiros japoneses em colans apertados acabo em um jardinzinho qualquer?

Calma ai, pequeno Yaoi. Takenoko é uma obra prima do mestre Antonie Bauza, que conseguiu unir uma arte primorosa, uma mecânica elegante e um jogo desafiador. Ao ver pela primeira vez, um jogador incauto pode acha-lo simples e bobo, um jogo para crianças, porém Takenoko é muito estratégico, para nenhum hardgamer colocar defeito. O jogo se passa no bem mais valioso do Imperador Japonês, seu lindo Jardim de bambu, onde um zeloso Jardineiro faz de tudo para deixá-lo impecável. Porém, um dia, o imperador foi agraciado com um presente do Imperador Chinês: um raríssimo Panda gigante, e pior de tudo, guloso. E o que pandas comem? Exato, bambu. E pobre do nosso Jardineiro, que agora deve cuidar do  Panda e do Jardim, ao mesmo tempo!



 O jogo consiste em cumprir missões (o número varia, dependendo do número de jogadores). Há três tipos de missões:Missões de Jardim, de Jardineiro e de Panda. Cada um dá um certo número de pontos de vitória. O jogo termina assim que um jogador cumprir um número determinado de missões e ganha quem fizer mais pontos (Nota do Sr. Slovic: nem sempre quem cumpre mais missões ganha o jogo. Os valores de ponto de vitória variam muito, dependendo da missão).


 Em seu turno o jogador deve realizar duas ações de cinco disponíveis: comprar terreno (para aumentar o Jardim), comprar canais de irrigação, mover o Jardineiro (onde ele parar, cresce bambu, se houver água), mover o Panda (onde ele parar, come um bambu) ou comprar uma carta de missão. Não pode fazer a mesma ação duas vezes no mesmo turno. Simples, não?



- Muito simples. Cade a complexidade? Joguinho mais bobo!

Baka! O jogo é simples, não simplório, como alguns que conheço. A estratégia está em realizar de maneira mais rápida possível missões (começa com uma de cada tipo), ao mesmo tempo que não deixa brechas aos adversários (Nota da Sra Slovic: apesar da regra oficial dizer que as cartas de missões devem ser secretas, já testamos uma variante onde as cartas estão abertas. Assim, é possível atrapalhar os outros jogadores. O jogo fica um pouquinho mais longo, mas bem mais emocionante). Além disso, há regras especias sobre a movimentação do Jardineiro e do Panda. Além disso, novamente, após a primeira rodada, no início do seu turno, cada jogador deve rolar o Dado do Tempo. Dependendo do tempo que cai (Som, Chuva, Vento, Raio ou Nuvem), o jogador pode ter uma ação extra ou receber uma melhoria do jardim. Tudo muda. (Nota do Sr. Slovic: outra alteração da regra testada e aprovada. O Raio faz o Panda correr para qualquer terreno e comer um bambu, exceto se o terreno estiver cercado. Nós ignoramos o fato da cerca. O Raio assusta o Panda da tal forma, que ele pula a cerca).

No geral Takenoko, que significa broto de bambu, é um jogo divertido e imersivo. Dá para sentir a angustia do Jardineiro vendo o Jardim sendo devorado, e sentir a satisfação do Panda em saciar sua gula! Apesar de haver jogada de dados, a sorte não influencia a vitória. Uma boa estratégia é a chave para se vencer. Jogar Takenoko é uma deliciosa viagem pelo oriente, com seus componentes belos e mecânica singular, mas com potencial para estratégias (por isso é um dos jogos favoritos da Sra. Slovic). E já há uma expansão: Chibis (Nota da Sra. Slovic: Não perca a continuação dessa bela história em um próximo Tá na Mesa! Em breve).


Sayōnara. Anata ga daisuki...


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