Kangei, yūjin. Conseguem sentir o
aroma oriental de suculentos brotos de bambu no ar? Podem se aconchegar, pois
hoje Takenoko Tá na Mesa!
Takenoko é um dos mais belos
jogos já feitos. Sério! Lançado em 2011 pela Matagot e pela Asmodee, ainda é
inédito no Brasil, mas não que seja um problema, pois o jogo independe
totalmente de idioma. De dois a quatro jogadores, Takenoko é uma obra de arte,
principalmente as miniaturas do Panda e do Jardineiro.
- Panda? Jardineiro? Eu vim aqui
pensando em ver guerreiros japoneses em colans apertados acabo em um jardinzinho
qualquer?
Calma ai, pequeno Yaoi. Takenoko
é uma obra prima do mestre Antonie Bauza, que conseguiu unir uma arte
primorosa, uma mecânica elegante e um jogo desafiador. Ao ver pela primeira
vez, um jogador incauto pode acha-lo simples e bobo, um jogo para crianças,
porém Takenoko é muito estratégico, para nenhum hardgamer colocar defeito. O
jogo se passa no bem mais valioso do Imperador Japonês, seu lindo Jardim de
bambu, onde um zeloso Jardineiro faz de tudo para deixá-lo impecável. Porém, um
dia, o imperador foi agraciado com um presente do Imperador Chinês: um
raríssimo Panda gigante, e pior de tudo, guloso. E o que pandas comem? Exato,
bambu. E pobre do nosso Jardineiro, que agora deve cuidar do Panda e do Jardim, ao mesmo tempo!
O jogo consiste em cumprir missões (o número
varia, dependendo do número de jogadores). Há três tipos de missões:Missões de
Jardim, de Jardineiro e de Panda. Cada um dá um certo número de pontos de vitória.
O jogo termina assim que um jogador cumprir um número determinado de missões e
ganha quem fizer mais pontos (Nota do Sr. Slovic: nem sempre quem cumpre mais
missões ganha o jogo. Os valores de ponto de vitória variam muito, dependendo
da missão).
Em seu turno o jogador deve realizar duas
ações de cinco disponíveis: comprar terreno (para aumentar o Jardim), comprar
canais de irrigação, mover o Jardineiro (onde ele parar, cresce bambu, se
houver água), mover o Panda (onde ele parar, come um bambu) ou comprar uma
carta de missão. Não pode fazer a mesma ação duas vezes no mesmo turno.
Simples, não?
- Muito simples. Cade a
complexidade? Joguinho mais bobo!
Baka! O jogo é simples, não
simplório, como alguns que conheço. A estratégia está em realizar de maneira
mais rápida possível missões (começa com uma de cada tipo), ao mesmo tempo que
não deixa brechas aos adversários (Nota da Sra Slovic: apesar da regra oficial
dizer que as cartas de missões devem ser secretas, já testamos uma variante
onde as cartas estão abertas. Assim, é possível atrapalhar os outros jogadores.
O jogo fica um pouquinho mais longo, mas bem mais emocionante). Além disso, há
regras especias sobre a movimentação do Jardineiro e do Panda. Além disso,
novamente, após a primeira rodada, no início do seu turno, cada jogador deve
rolar o Dado do Tempo. Dependendo do tempo que cai (Som, Chuva, Vento, Raio ou
Nuvem), o jogador pode ter uma ação extra ou receber uma melhoria do jardim.
Tudo muda. (Nota do Sr. Slovic: outra alteração da regra testada e aprovada. O
Raio faz o Panda correr para qualquer terreno e comer um bambu, exceto se o
terreno estiver cercado. Nós ignoramos o fato da cerca. O Raio assusta o Panda
da tal forma, que ele pula a cerca).
No geral Takenoko, que significa broto de
bambu, é um jogo divertido e imersivo. Dá para sentir a angustia do Jardineiro
vendo o Jardim sendo devorado, e sentir a satisfação do Panda em saciar sua
gula! Apesar de haver jogada de dados, a sorte não influencia a vitória. Uma
boa estratégia é a chave para se vencer. Jogar Takenoko é uma deliciosa viagem
pelo oriente, com seus componentes belos e mecânica singular, mas com potencial
para estratégias (por isso é um dos jogos favoritos da Sra. Slovic). E já há uma expansão: Chibis (Nota da Sra. Slovic: Não perca a continuação dessa bela história em um próximo Tá na Mesa! Em breve).
Sayōnara. Anata ga daisuki...
Realmente é um excelente jogo que penso em comprar.
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