Imagine uma tarde preguiçosa de verão. Depois de um dia quente com direito a banhos de cachoeira, almoço farto e um cochilo sossegado na rede, você escuta gotas de uma leve chuva caindo próximos a você. Um som relaxante que lhe dá mais preguiça. Seu olfato sente aquele delicioso cheiro de terra molhada, que te leva de volta a infância, quando corria descalço pelas poças, tomando banho de chuva com seus amigos. Sabia que esse cheiro tem nome? Chama-se petrichor, e vem de uma combinação de compostos químicos, o qual o principal é secretado por bactérias do tipo streptomyces que vivem no solo, a geosima. Pronto, agora está pensando que acabei com a magia com explicações científicas, mas esse cheiro continua a nos deliciar independente disso, já que Petrichor Tá na Mesa!
Petrichor é um jogo lançado por David Chircop e Dávid Turczi em 2017. De um a quatro jogadores, com duração média de 80 minutos, em Pretichor somos nuvens levando chuva para as plantações abaixo de nós.
- Só pode ser sacanagem! Ninguém vai perder tempo em uma coisa tão besta quanto uma nuvem.
Cada pessoa decide o que é perda de tempo ou não. Ninguém pediu para você decidir por todos, Cabeça de Vento egocêntrico. Petrichor tem um tema exótico, mas foi muito bem-feito. Nuvens indo e vindo, lançando gotas d’água em plantações que começam a crescer. Cada jogador controla várias nuvens (Nota da Sra. Slovic: A arte desse jogo é toda fofa, mas as nuvens são um show a parte), que levam goras da cor do jogador por um tabuleiro cheio de tiles de plantações. São vários tipos de plantas no jogo, cada uma com uma pontuação diferente, e nem todas entram na partida, mudando a estratégia cada vez que o jogo começa.
O jogador da vez deve escolhe uma para fazer. Ele pode mover a nuvem, aumentar a quantidade de água nela, chover, entre outras. Quando uma nuvem encontra com outra no mesmo terreno, elas se juntam, independente de quem era o dono originalmente de cada. Agora qualquer um tenha gotas nela, pode fazer ações com ela. Quando passa de uma certa quantidade de gotas, elas passa a ser uma nuvem de tempestade, que se ficar grande o suficiente, chove mesmo que ninguém tenha usado essa ação.
- Ainda acho idiota.
A recíproca é verdadeira, Chuvisco. Cada uma das quatro ações está relacionado a um tempo: sol, chuva vento e frio. Depois que a ação é feita, o jogador pode colocar um de seus marcadores no tabuleiro secundário no clima que usou ou um adjacente. Assim que o último jogador terminar sua rodada, os climas que mais tenha marcadores são ativados, e os jogadores com maior marcadores ganham PV. Se não colocar o marcador, pode alterar a face de um dos dados no centro do tabuleiro. Só quando dos três dados apresentarem a face de sementes é que as plantações serão pontuadas no fim doa rodada, depois que as ações do clima forem feitas. Pontua quem tiver maioria em cada tile de planta (Nota do Sr. Slovic: Algumas plantas dão pontos o segundo que tiver mais marcadores. As vezes para o terceiro e quarto, também). O jogo pode durar quatro a seis rodadas, dependendo se os participantes querem um jogo longo ou curto (Nota da Sra. Slovic: Isso tem que ser decidido antes do início da partida). Quem tiver mais pontos, vence.
No geral, Petrichor é um jogo bem interessante. Não é sempre que temos a oportunidade de ser uma nuvem. Com ele dá para ensinar o ciclo da água e sobre climas. Para deixar o jogo mais bonito, usamos suporte de caixa de pizza (Nota do Sr. Slovic: Bem que poderia vir na caixa). Petrichor já tem várias expansões que trazem muitas novidades (Nota da Sra. Slovic: E principalmente a possibilidade do quinto jogador). O jogo é leve e as interações são pesadas, mas nada ferrar amiguinho. Dá para jogar com crianças, adultos, jogadores entusiastas, iniciantes sem nenhum problema. Petrichor é um jogo tão bom quanto sua arte.
E é isso aí!
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