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terça-feira, 2 de junho de 2020

Calimala

A “Arti di Calimala”. Uma das mais poderosas guildas de Florença no fim da Idade Média. Utilizando seus vastos recursos para financiar obras de artes e construir majestosas igrejas, A guilda conseguiu dominar a politica da cidade. Mas mesmo sendo uma Guilda coesa, cada membro busca o poder para si. Somente o mais astuto terá o prestígio de dominar a irmandade. Será que você está preparado? Calimala Tá na Mesa!



Calimala é um jogo lançado em 2017 por Fabio Lopiano. De três a cinco jogadores, com duração média de 75 minutos, em Calimala os jogadores são costureiros buscando lucrar o máximo possível para se tonar o líder da Guilda.

- Mais um jogo de corte e costura? Percebi uma tendência de vocês de falar sobre temas afrescalhados.




Porca Miseria! Está com medo de jogar esse “tipo de tema” e ter sua masculinidade colocada à prova? O tema de corte e costura tem ótimos jogos como Rokoko, Patchwork e Prêt-à-Porter e Calimala entra nessa lista. A mecânica básica de Calimala é a Alocação de Trabalhadores, onde cada trabalhador colocado no tabuleiro pode fazer duas ações quando entra e repeti-las quando for acionado novamente. Ao contrário da maioria dos jogos com essa mecânica, uma vez que o trabalhador é alocado, ele não sai mais do tabuleiro. Ficar sem trabalhador para usar é inclusive um dos gatilhos de fim de jogo.

Há vários tipos de ações: Coletar Recursos (Madeira, Tijolo e Mármore), Construir (Barcos, Armazéns e Entrepostos), Viajar (Caravana e Navio), Criar Arte, Costurar e Doar material para a Igreja. As fichas de Ação são colocadas aleatoriamente no tabuleiro (Nota da Sra. Slovic: O que dá ao jogo uma ótima rejogabilidade), em um quadrado, sendo que duas sempre estão adjacentes na ortogonal (Nota do Sr. Slovic: Na vertical ou na horizontal. Diagonal não conta). O jogador escolhe a ordem das ações e se quer fazer uma, duas ou nenhuma. Caso não possa (Nota da Sra. Slovic: E o verbo é esse mesmo, poder. Isso é bem importante) fazer alguma das ações, ganha Cartas de Ações. Essas cartas possibilitam o jogador a fazer a ação que está na carta no seu turno e com isso fazer muitas alções, já que não há limite de quantas Cartas podem ser usadas ao mesmo tempo (Nota do Sr. Slovic: Sim, dá para criar vários belos combos).




Quando o peão é colocado no espaço entre duas fichas, as ações correspondentes são realizadas. Quando um novo trabalhador é colocado no mesmo espaço, todos os trabalhadores que já estão alocados lá refazem as ações. Quando o quarto trabalhador é colocado, ocorre uma fase de pontuação.

- Então se eu colocar primeiro, vou fazer as ações para sempre e sempre e sempre…?

Não é bem isso, sabichão, mas você pegou o espírito da coisa. Antes de ocorrer a fase de pontuação, todos só trabalhadores alocados lá fazem as ações, exceto quem está mais abaixo na pilha (Nota da Sra. Slovic: Ou seja, quem colocou primeiro). Esse trabalhador não faz ação, mas ganha um acento no Conselho da Cidade, onde está indicado o que será pontuado.

Há quinze fichas de pontuação, que são colocados aleatoriamente no início da partida (Nota do Sr. Slovic: O que dá ao jogo uma ótima rejogabilidade). O jogador que ganha uma cadeira no Conselho não escolhe o que vai ser pontuado, pois isso já está decidido desdo o início do jogo, então pode ser que não conquiste nenhum ponto, mas quem tem mais cadeiras ganha os desempates na fase de pontuação.



- Mas qual a vantagem de ativar uma pontuação em que não vou ganhar nada?

Olha, alguém finalmente está deixando de ser um mala e começou a pensar no jogo em vez de só reclamar! Além de conseguir uma vaga no Conselho, não há nenhum benefício. Pode até mesmo fazer um adversário disparar na pontuação, tornando impossível de alcançá-lo. Aí entra a estratégia do jogo. O que é mais vantajoso, fazer a ação que preciso, mas disparar uma pontuação, ou fazer algo que não é tão bom assim, mas não dê pontos para ninguém? Na verdade, é se preparar para as pontuações, já que todos sabem quais serão as próximas. Outro gatilho de fim de jogo é ter todas as 15 pontuações.

Além dos trabalhadores de sua cor (Nota da Sra. Slovic: Que depende da quantidade de jogadores), todos também tem alguns trabalhadores da cor branca. A diferença é que esse tipo de marcador deixa o jogador fazer cada ação duas vezes, o que dá uma boa vantagem. Só que quando um outro trabalhador entrar no local, o trabalhador neutro não refaz a ação e, se ele é o trabalhador que vai para o Conselho, quem ganha uma vaga é o jogador ativo da rodada, aquele que disparou a Fase de Pontuação. Sempre que a situação de um neutro ir para o conselho ocorre, o jogador ativo ganha um trabalhador branco.



No fim da partida, os jogadores ganham, pontos com as Cartas de Pontuação, que foram escolhidas no início da partida pelos participantes. As cartas são secretas e nem sempre o jogador que estava com ela pontua. Depois disso, quem tiver mais pontos, vence.



No geral, Calimala é um jogo bem interessante. Ele é uma corrida de pontos e, como dito antes, as vezes um jogador pode disparar logo no começo e não ser alcançado mais (Nota do Casal Slovic: Sim, isso pode ser frustrante, mas não deixe esse fato te desaninhar de jogar Calimala. Ele é legal), por isso deve se tomar muito cuidado quando iniciar uma fase de pontuação e, mais que tudo, se preparar para as próximas. O lance de refazer as ações é bem interessante e deixa criar muitas opções. O bom uso das cartas de alção é fundamental e as vezes a única coisa possível para virar um jogo já perdido (Nota da Sra. Slovic: Eu que o diga, né?). Calimala é um jogo simples e elegante e, infelizmente, um tanto desconhecido. Quem quer dominar a “Arti di Calimala”?

E é isso!


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