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terça-feira, 27 de março de 2018

The Big Book of Madness


Havia um castelo longínquo, onde aqueles que tinham o dom da magia conseguia aprimorar seus talentos. Uma escola para bruxos e feiticeiras, jovens com poder arcano latente, aprenderem o ofício ancestral de seus antepassados. Nela existia um grupo de novatos, ainda em seu primeiro ano na escola, que entraram escondidos na biblioteca, indo até a Seção Proibida e lá, para tentar solucionar um mistério que não foram chamados para resolver, criam um problema ainda maior. Mas com força de vontade e a coragem inata de sua Casa, venceram o desafio. Venha que The Big Book of Madness Tá na Mesa!



The Big Book of Madness é um jogo criado por Maxime Rambourg em 2015. Para dois a cinco jogadores, em The Book of Madness os jogadores são calouros de uma escola de magia e devem vencer vários monstros que saíram de um livro que eles mesmos abriram.

- Ei isso é um plágio de “Henrique Oleiro e o Cascalho do Filósofo”!



Você merece um Avada Kedavra, filhote de Trasgo. Apesar de existir certa semelhança. The Big Book of Madness é um jogo cooperativo extremamente desafiador (Nota do Sr. Slovic: Assim como todo cooperativo deve ser). Os jogadores constroem um deck de cartas de mana (Nota da Sr. Slovic: Energia mágica) dos quatro elementos para realizar vários feitos.

No início da partida o jogador escolhe um dos oito personagens disponíveis. Cada um tem uma habilidade única e começa o jogo com uma quantidade diferente de Cartas de Mana. Todos têm os mesmo quatro Feitiços.

O jogo consiste em enfrentar os seis monstros que escaparam do livro, sendo que apenas o último deve ser necessariamente derrotado (Nota da Sra. Slovic: Os outros servem apenas como aquecimento, ou dor de cabeça). No início do turno é revelada uma criatura e algumas Maldições. O número de Maldições depende da rodada em questão e do nível de dificuldade, variando de duas a cinco. Assim que o monstro entra em jogo, algo de ruim acontece.



- Monstros, maldições, magias... Estou ficando com medo!

Não fique tremendo todo, filhote de chihuahua com pinscher. O jogo não tem nada de assustador. A arte é bem colorida e bonita, como algumas capas de livros infanto-juvenis por aí. A cada rodada um jogador fica ativo e pode realizar quantas ações puder. Entre as ações estão lançar um feitiço, aumentar seu poder mágico, aprender uma nova magia, curar-se, e cancelar uma maldição.

Normalmente um jogador começa a rodada com seis cartas de manas, que podem ser de quatro tipos: Ar, Terra, Água e Fogo, que variam de um a três, além das Cartas de Loucura. Os manas são usados para ativar todas as ações. Para lançar um Feitiço, deve-se gastar a quantidade de mana descrito na carta da magia e seguir seu texto. Para aprender uma nova Magia, se gasta dois manas da cor do feitiço (Dica do Sr. Slovic: Cuidado ao escolher novos feitiços. Só se pode ter cinco magias ao mesmo tempo). Aumentar o Poder Mágico é descartar um determinado número de manas para comprar uma carta desse mesmo valor. Sempre que uma carta de mana é usada ou comprara, ela vai para Pilha de Descarte do jogador. Quando o jogador não quiser ou puder fazer nenhuma ação, ele passa a vez. No fim do seu tuno o jogador deve ficar com seis cartas na mão. Se tiver mais, descarta, se tiver menos, compra do seu deck. Caso o deck fique vazio, a pilha de descarte será embaralhada para criar um novo deck. Toda vez que isso é feito, o jogador ganha uma Carta de Loucura. A função dessas cartas é diminuir o poder do jogador, já que ela ocupa o espaço de uma carta de mana na mão.



- Então eu posso ficar sem jogar de tiver seis cartas dessas na mão?

Acertou, Trouxa! E não vai ficar sem jogar só por uma rodada. Ficará louco e será eliminado da partida. Deve se tomar muito cuidado com as Cartas de Loucura. Elas não podem ser descartas, só Curadas por dois manas iguais. Quando o personagem é curado, a carta volta para o deck de loucura. Se por acaso essa pilha acabar, todos perdem.

No inicio de cada rodada, se o marcador da rodada entrar no espaço com uma Maldição, ela é imediatamente ativada. No fim de cinco rodadas, se todas as maldições forem canceladas, o monstro é derrotado e todos ganham um prêmio. Se não, ele foge e os jogadores recebem uma penalidade.  Se a última criatura for derrotada, os jogadores vencem. Se ela fugir, todos perdem.



No geral, The Big Book of Madness é um jogo bem divertido. Como todo bom cooperativo, ele é bem desafiador e difícil de vencer, mesmo no modo iniciante. O baralho de monstro é construído para dar a sensação de estarmos foleando mesmo o Grande Livro da Loucura e as habilidade das criaturas são bem características. As regras são fáceis de entender. Sobre a arte, ela é limpa e simpática, remetendo ao clima de escola de magia, principalmente aos livros de Harry Potter. Mas mesmo que você não curta muito “O menino que sobreviveu” ou Timothy Hunter (Dica do Sr. Slovic: Para quem não conhece, procure o Livro da Magia, de Neil Gaiman) dê uma chance a The Big Book of Madness. Você pode se surpreender. E nunca use “Alodomora” nesse livro. Você foi avisado.

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