Você não terá visão mais resplandecente
que o Arquipélago, ainda mais agora no pôr do Sol. Frotas de todos os cantos do reino estão
vindo com os mais nobres materiais para a construção da nova Capital e nós,
como responsáveis, temos que fazer o máximo para agradar os gostos de Nossa
Majestade. Claro que não somos os únicos querendo as graças da Rainha. Há
outros, mas temos que ser os melhores pois, só um será condecorado com a mais
preciosa visão do mundo, o sorriso da Rainha Himiko. Agora, corra para
recepcionar o barco, pois Yamataï Tá na Mesa!
Yamataï é um jogo lançado em 2017
por Bruno Cathala e Marc Pequien. Para dois a quatro jogadores, com duração
média de 80 minutos, em Yamataï os jogadores fazem o papel de poderosos nobres
que devem construir a nova capital do reino nas ilhas.
- Pelo desenho da caixa achei que
era um jogo japonês, com ninjas contra samurais, e não fazer casinha. Que
chato.
Aho ka?!? Nem tudo do Japão
se resume a samurais e ninjas. Deve ter a mente maia aberta, sabia? Apesar do
tema, Yamataï não tem quase nada relacionado ao país do Sol nascente (Nota do
Sr. Slovic: Pode-se dizer que o tema está colado com cuspe), a não ser o fato
que o grande prêmio é ganhar o sorriso da Rainha. Na cultura oriental, os
nobres disputavam influência, já que em suas intricadas redes de poder, ela
valia muito mais que a posse. E nada dava mais influência que um gesto afável
de seu soberano.
Em Yamataï os jogadores devem levar
barcos com vários materiais (bambu, argila, madeira, pedra e ouro) através das
ilhas que formam o reino para construir Prédios, Palácios e Torii (Nota da Sra.
Slovic: Torii é um portão tradicional japonês, ligado à tradição xintoísta e
assinala a entrada ou proximidade de um santuário). O Tabuleiro Central,
lindíssimo por sinal, representa o Arquipélago. Já o Tabuleiro do jogador, tem
o passo a passo da rodada.
Cada turno é dividido em sete
fases. Algumas são opcionais e outras obrigatórias. Na primeira fase o jogador
deve escolher uma das várias Frotas, disponíveis no Tabuleiro Central. Cada
Frota, além de fornecer os barcos, dá uma habilidade especial e a ordem do
próximo turno. Depois, se quiser, pode comprar ou vender um barco, mas não as
duas coisas, a não ser que você tenha um Especialista que permita. O tipo de
marco varia o preço e não é possível comercializar um barco dourado, exceto com
Especialista.
Em seguida, pode colocar seus
barcos no Arquipélago. Há duas regras para colocar o primeiro barco da rodada:
ou se coloca em uma das entradas das rotas (indicadas no mapa) ou em um espaço
vazio adjacente a outro da mesma cor. Os outros não precisam seguir essas
regras, só deve ser colocados formando uma fila ininterrupta, não importado a
cor. Depois que os barcos foram colocados, o jogador pode pegar Fichas de
Cultura ou Construir. A ficha de Cultura coletada deve estar em uma ilha
adjacente a um barco colocado pelo jogador naquela rodada.
- Então é só colocar um barquinho
atrás do outro? Que idiota.
Bil-eo meog-eul dwe jyeola!
O jogo não é só isso. Tem mais. Sempre há cinco prédios disponíveis para
construção. Cada um tem um custo de material escrito em sua ficha. Os prédios
só podem ser construídos em ilhas vazias (Nota da Sra. Slovic: Ou seja, sem
fichas de Cultura). Para erguer um, todos os barcos listados na ficha devem
estar em volta de uma ilha e o jogador deve ter colocado pelos menos um desses
barcos na rodada. Se foi um prédio comum, o jogador põe no tabuleiro um
marcador de construção da sua cor. Se foi um prédio especiais, há os marcadores
de Palácio e de Torii. Cada um dá um bônus ao ser construído.
Finalizando a fase da Construção,
os barcos que não foram alocados são colocados no porto. Mas só há espaço para
um. Os outros são perdidos e dão penalidades no fim do jogo. E por ultimo,
pode-se contratar Especialistas, usando as Fichas de Cultura. Esses
especialistas dão várias habilidades especiais, além de Pontos de Vitória no
fim do jogo.
Quando todo os jogadores fazem
suas ações, novas frotas são colocadas no tabuleiros. Os Prédios e
Especialistas são repostos, e duas moedas são colocadas em cada Especialista
não contratado. O jogo termina quando um jogador coloca seu último marcador de
construção, ou quanto não é mais possível repor os prédios ou especialistas, ou
ainda quando todos os barcos de um tipo são usados. Conta-se os marcadores de
ponto, os prédios e o dinheiro. Quem tiver mais PV, ganha a partida.
No geral Yamataï é um jogo muito
bom. Dizem que ele é o sucessor do Five Tribes, mas tirando o fato de serem do
mesmo autor, os jogos não são tão parecidos assim. Yamataï é dinâmico, com
regras fáceis de explicar. No fim da primeiro rodada a maioria já entendeu o
básico. O jogo fica lindo na mesa em seu final, com todos os barcos e
construções coloridos. Fale a pena uma foto. Vale realmente conhecê-lo. Cảm ơn bạn
và gặp bạn xung quanh!
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