Todos começam da mesma maneira,
como um balé cósmico regido pela gravidade. Após incontáveis eras, o gás no
interior na nuvem cria fusão e faz nascer uma estrela e os materiais ao seu redor,
rodopiando sem parar, se aglutinam criando planetas. Alguns serão rochosos,
outros gasosos. Haverá pequenos, médios e grandes. E poucos podem ter as condições necessárias para abrigar vida,
um dia. É essa dança que veremos agora. Planetarium Tá na Mesa!
Planetarium é um jogo lançado em
2017 por Stéphene Vachon. De um a quatro jogadores, com duração média de 45
min, em Planetarium os jogadores criam planetas em um jovem sistema estelar.
- Um jogo de astrologia! Com
certeza meu ascendente será vitorioso.
E com certeza seu signo é ilíthios com descendente em thirío. Planetarium é um jogo sobre Astronomia,
com regras bem simples, mas muito estratégico. Cada jogador tem em seu turno
uma ação, que é mover no tabuleiro um dos marcadores de Material (Gás, Água,
Rocha e Metal) ou um dos quatro de Planeta. Quando um marcador de Material
encontra um Planeta, o jogador coloca-o em seu tabuleiro individual, no espaço
correspondente ao astro. Cada um começa com cinco cartas de Evolução, que
representam as transformações ocorridas no planeta com o acumulo do Material.
No fim da rodada, se o jogador conseguir reunir no planeta material igual o da
carta, ele pode baixá-la e ganhar os Pontos de Vitória (PV) indicados nela.
Há três tipos de Evolução: Low,
High e Final. As primeiras são simples de fazer, mas rendem poucos pontos. As
de High Evolution são mais trabalhosas, porque envolvem mais quantidade
materiais ou tipos raros, como Metais. Já as Final só podem ser usadas no fim
do jogo. Elas representam a condição final do Planeta, como por exemplo, em
qual órbita está ou se é hostil à vida. Elas dão um caminho a se seguir durante
a partida. O jogador sempre terá cinco cartas de Evolução na mão. Sempre que
uma é baixada, outra é comprada. Mas nunca se pode ter mais que quatro de
Final. As cartas de Evolução também determinam se um planeta é propenso ou não
a vida.
Quando uma Evolução é alcançada,
os marcadores de Matéria usados são colocados em uma trilha, que indica o fim
do jogo quando completada. O jogador que finalizou a trilha pode baixar quantas
Final Evolution puder como sua última ação. Depois todos os outros terão uma
ultima rodada, podendo usar suas Final. Quem tiver mais PVs, ganha.
No geral, Planetaruim foi uma
grata surpresa. O jogo é bem simples de explicar e muito rápido. Como todos
podem movimentar os Planetas, cumprir as Final Evolution criam uma forte
disputa e uma dança orbital interessante. O tabuleiro é lindo e as figuram nas
cartas de Evolução são espetaculares. Há um pequeno texto descritivo em cada
uma, usando conceitos de astronômicos, que, apesar de não influencias nas
regras, dão um sabor todo especial. Não espere nada tão complexo como um TerraMystica ou Terraforming Mars. Planetaruim é bom para introduzir ao hobby seu
amigo fã do espaço e para descansar um pouco entre partidas de jogos mais
pesados, ou depois de um jogo horrível que deve ser esquecido. É um jogão que
vale a pena conhecer (Dica do Sr. Slovic: Assim como Exo Planets, que tem o mesmo tema, mas a
pegada é diferente). Agora, Fiat Lux!
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